segunda-feira, novembro 30, 2009

Sol Ardente - Capítulo 50 - Parte 2

Nota da autora: Vocês podem acreditar 3 capítulos em 3 dias. Mesmo que os dois ultimos foram curtos…Esse está de volta ao tamanho normal, mesmo que é parte do capítulo 50, então espero que satisfaça vocês. Por um tempo ao menos. Espero que esses dois capitulos (em 3 partes desde que o cap. 50 foi dividido em duas partes) mantenham vocês felizes por um tempo…porque não acho que terei tempo de escrever até o natal, e quem sabe nem no natal, eu posso estar ocupada. Então, aproveitem enquanto podem! ;)

Ponto de vista do Aro

Andei vagarosamente, deixando cada passo formar o próximo. Era como eu achava melhor, essa geniosa mente minha. Lutando com as remessas de conhecimento que obtive de um singular toque, não havia dúvida que eu um dos – se não o – mais inteligente e engenhoso ser a pisar nesse planeta patético. Apenas pensamento modesto, claro.

Viver – se é isso que fizemos – por séculos me deu mais discernimento sobre o mundo que a maioria das criaturas tem. Eu testei os limites de virtualmente tudo, e qualquer coisa que permanecia sem ser testada era certa de ser em algum tempo próximo com todos os planos sendo manipulados em minha mente. Sempre pensando eu estava. Sempre pensando – e na frente dos demais. Ou então eu achava.

Seis anos atrás, quando a existência dos meio-vampiros chegou à minha atenção, eu percebi que havia tão mais sobre esse mundo que eu não sabia. Quão ignorante eu era para pensar que outra pessoa não iria testar o slimites como eu mesmo o fiz? Esse Joham… Eu podia ver um pouco de mim nele. Aquela determinação, a imaginação. Mas ele não tinha nenhuma da minha cautela ou planejamento cuidadoso. Ele deveria ter coberto sua trilha melhor. No entanto, eu tinha de lhe dar crédito. Era com ele com quem eu poderia extender os limites ainda mais. Ele disse ter criado um super-ser com esses mestiços: metade-humanos e metade-vampiros. Mas eu acreditei que ele não o havia feito, não, o humano neles os faziam mais fracos que nós certamente. Mas ele tinha criado uma abertura para um verdadeiro super-ser.

Seria possível que poderia existir uma criatura melhor que nossa própria espécie? Suponho. Era isso que eu estava tentando descobrir. Eu montei esse plano em primeiro lugar, apressado pela descoberta de Mika e a voluntária, mesmo que relutante, junção das criações de Joham. As três fêmeas estavam dispostas a me seguir como as pequenas criaturas obedientes que elas se tornaram com seu pai. Mas o macho…ele era um pouco mais difícil de se controlar. Ele tinha aquele lado rebelde nele, independente e querendo fazer coisas da sua maneira. Mas eu consegui, ah, persuadí-lo tomando também Joham e dizendo à ele que minha guarda amaria uma pequena prática ao alvo.

Mas aquele pequeno ato que ele ocasionou mais cedo hoje…e pensar que eu estava começando a acreditar que estava me aproximando dele. Pensei o que aquela pequena mestiça Cullen era para ele. Obviamente ela significava algo para ele desde que ele estava disposto a colocar seu pescoço na linha para ganhar a liberdade dela. Mas novamente, ele também tentou libertar aquela criança lobo. A consciência dele o estava alcançando? Espero que não. No nosso mundo, não havia espaço para consciências e morais. Apenas poder e força.

Minha linha de pensamento foi quebrada pela chegada do meu irmão Volturi. Caius. Eu podia ver por sua máscara de indiferência que ele lutava para manter seus sentimentos escondidos, ele estava furioso comigo. Mas isso não era nada diferente.

“Ah, irmão. A que devo esse prazer?” Amigavelmente o cumprimentei, fingindo ignorância. Eu sabia muito bem sobre o que ele estava furioso.

“Você sabe a que,” ele quase rosnou, como se ele pudesse ler minha mente.

Olhei tristemente para ele. Ele nunca seria capaz de ver além das realizações do presente e olhar para que o futuro reservava? “Meu querido irmão, você deveria saber porque deixei Renesmee ir,” disse gentilmente disse à ele. Sua mandíbula se apertou por um milisegundo antes que ele se forçou a relaxar. Eu sabia que ele odiava quando eu usava meu tom condescendente nele, mas a culpa podia cair apenas em mim quando sua ignorância me obrigou a fazê-lo?

“Me ilumine,” ele sibilou baixo, olhos queimando vermelho de irritação.

Suspirando, expliquei. “Caius, pense além dos objetivos para hoje. Eu sei que com isso parece que estamos dando passos para trás ao devolver Renesmee para seu clã – “

“Sim,” Caius rosnou em um baixo tom, claramente não capaz de evitar. Era por isso que acabei saindo como o líder dos três. Caius agia muito em suas emoções, no entanto, Marcus não agia o suficiente.

” – mas pense em nossos objetivos futuros, irmão,” eu continuei, como se ele não tivesse me interrompido. “Algo que temos mantido entres nós três.”

“Criar o ser mais poderoso de todos,” ele pareceu recitar, mas sua conduta ficou consideravelmente mais leve, ombros baixos em complacência.

“Sim,” eu respirei, um brilho em meus olhos pelo pensamento. “Nosso plano anterior em experimentar com Renesmee e aquela criança lobo, Seth, teria terminado em destruição. Primeiro, iria consumir muito tempo, esperar que eles acasalassem e produzissem descendentes. Além do mais, seus descendentes ainda teriam parte humanas neles, eu acredito. Uma criatura metade-humana metade-vampira e um ser metade-lobo metade-humano produziriam uma criatura metade-humana 1/4 vampira 1/4 lobo. O humano nela a levaria à ruina.”

“Então, qual é o novo plano?” Caius respirou, inteiramente se relaxando em submissão. Eu sabia que eventualmente ele veria de minha maneira.

“Vampiros são bem fortes. E eu sei que você os odeia, mas verdadeiros lobos são tão fortes quanto nossa espécie, se não ainda mais forte. Pense em quão poderosa seria uma criança de sangue metade-vampiro e metade-lobo,” Eu imaginei, uma expressão sonhadora cruzando meu rosto. “Iríamos criá-la para ser nossa. Então ninguém, nem mesmo os Cullens, seria capaz de nos parar.”

Caius ficou tenso no momento que mencionei os lobos. “Aquelas porcarias,” ele sibilou. “Como você pode esperar que um deles se acasale com um de nós? Detestável. Mataríamos uns aos outros.”

“Ah, sem acasalamento dessa vez, irmão. É aí que o humano entra.” Agora ele entenderia?

Um olhar de entendimento foi rapidamente substituido por surpresa. “Você está sano, irmão?” ele sussurrou. “Nosso veneno não coopera bem no mesmo hóspede. O humano morreria.”

“Veremos,” foi minha simples resposta. Eu não estava preparado para dividir esse segredo ainda. Mesmo que eu soubesse que Caius nunca diria uma alma sobre nossos planos para sua própria auto-preservação, era melhor ser cauteloso. Ele pareceu finalmente aceitar minha resposta, apesar que curiosidade ainda moldeava suas feições.

“Então, por que você não mantem Renesmee aqui com a criança lobo?” ele perguntou, e um fraco sorriso brincou em meus lábios como resultado da questão que eu tinha altamente antecipado dele. “Você ainda seria capaz de continuar com seus planos e talvez até começar seu anterior caso ele fracasse.”

Precisamos de Nahuel,” afirmei simplesmente, embora eu soubesse que teria havido modos mais fáceis de mantê-lo aqui e continuar aprisionando Renesmee. Mas a verdade era que não via nada muito especial nela. Eu já tinha quatro mestiços em minha coleção. Suponho que só a escolhi para os meus experimentos para ofender seu clã. “Quanto a Seth, imaginei que mantendo uma parte do Cullens pode dar-nos uma vantagem em caso de eles tentarem retaliar.” Essa não era a verdade completa, mas teria de servir por agora. Virei para longe de Caius, e ele respeitosamente tomou o ato para significar a sua dispensa. Bom homem.

Enquanto ele andava com passos largos de volta em direção à entrada, ele fez uma pausa durante um momento se virando. Levantei uma de minhas sobrancelhas em questionamento enquanto ele falou baixo, “Ah, o humano chegou há alguns minutos atrás. Nahuel o deixou e está em seu caminho para levar Renesmee de volta.” Tive de dar-lhe o crédito. Eu sabia totalmente que ele desaprovava aquelas ações, ainda assim ele era capaz de informar-me sobre elas sem um único olhar de repugnância. Acenei com a cabeça e ele saiu rapidamente da sala.

Sentei-me no centro dos três tronos de pedra no meio da sala circular, apoiando meu cotovelo no braço da poltrona e esfregando minhas têmporas com a mão. Às vezes desejava que tudo simplesmente sumisse. Deixar-me em paz durante um minuto com os meus próprios pensamentos. Graças a Deus tinha séculos de prática para separar os meus próprios pensamentos dos daquelas criaturas que tocava. Mas tinha de continuar pensando. Era a única coisa que me mantinha são.

Refleti o que fazer com Nahuel. A fraqueza que ele expôs mais cedo era inaceitável. Como posso confiar que ele não me trairá? Descendo o dedo indicador pela pele semelhante a papel de minha face, deliberei. Devo saber os seus pensamentos. Agora.

Levantando-me, fechei meus olhos e inalei profundamente, procurando por aquele cheiro. Embora eu não fosse nada em comparação a habilidades de Demetri em rastreamento, ainda tinha os sentidos básicos de vampiro que me permitiram apontar a posição do cheiro distinto de Nahuel. Ah. Ali estava ele.

Na minha idade e posição, raramente eu tinha a necessidade de usar minha máxima velocidade. Duvidava que até algum dos meus guardas alguma vez me viu correndo, salvo por poucos seletos. Eu não era vampiro que fosse de ser apressar, afinal. Eu tinha todo o tempo do mundo. Paciência era uma virtude.

Andando ao longo dos túneis, segui o cheiro de Nahuel. Enquanto sua fragrância tornava-se mais potente, senti Felix se aproximando confuso. Seus olhos mostraram uma breve surpresa ao ver-me aqui sem nenhum dos meus guardas habituais, mas foi escondida rapidamente enquanto ele brevemente acenava em respeito. O cheiro de Renesmee estava nele, portanto supus que Nahuel estava com ela neste momento. Ah, sim, podia sentir o cheiro dela naquela sala com ele.

“Felix, meu filho!” Chamei, e ele foi imediatamente para o meu lado.

“Sim, Aro?”

“Por favor, abra esta para mim. Desejo falar com Nahuel antes que ele parta,” solicitei amavelmente. Mas enquanto Felix abria sua boca para responder, ouvi um resmungo leve além da parede de pedra, inconfundivelmente a voz de Nahuel, tão baixo que até eu tive problemas em captar as palavras com a minha audição de vampiro. Minha testa franziu durante meio segundo antes que relaxasse; não devo mostrar nenhum sinal de aflição.

“Apresse-se, meu querido,” falei enquanto Felix agarrou a maçaneta da porta de pedra e abriu-a com força, obedecendo minha ordem sem questionar. Houve um rosnado distintamente feminino enquanto um palavrão foi expelido. Meus olhos alargaram-se, repentinamente sentindo como se a paciência não fosse uma virtude neste momento e eu tinha de entrar naquela sala neste instante—

CRACK!

Tarde demais.

O perdi.

Suprimi o impulso animalesco de rasgar algo, minha raiva pulsando por mim antes que eu tivesse uma chance de controlá-la, e Felix agora estava em frente da porta aberta que conduzia para a câmara abandonada e vazia, parecendo confuso, e os cantos da minha visão foram tingidos de um vermelho raivoso —

Tão rapidamente como a minha raiva tinha vindo, ela tinha desaparecido, meu autocontrole tendo sucesso em dominá-la. Felix não mais parecia confuso com a minha expressão desde que ela estava em minha usual agora, pensando que ele a tinha imaginado.

“Obrigado, Felix querido. Você está dispensado,” eu disse aereamente, entrando com passos largos na sala sem olhar para trás. E agora?

Tinha de manter o controle. Eu podia consertar isto.

Mas não pude deixar de amaldiçoar-me pela minha ingenuidade, disposto a acreditar que Nahuel não me desobedeceria. Então novamente, não tinha nenhuma prova que ele planejava. Eu estava sempre pulando em conclusões, não estava?

Eu esperaria até que ele voltasse antes de solicitar sua presença. Daí eu descobriria seus pensamentos ocultos e então determinaria o resultado. Eu seria capaz de consertar qualquer traição que ele tivesse cometido — se ele realmente cometesse alguma. Não havia nenhuma necessidade de pressa. Tudo estava bem.

Virei minha mente para assuntos mais urgentes. Onde Caius tinha dito que Nahuel colocou o humano? Senti uma gota de preocupação; a minha recente desconfiança descoberta naquele mestiço me deixou atento. Onde ele colocaria o humano?

Rapidamente fechei meus olhos mais uma vez, procurando por aquele apetitoso cheiro de sangue humano. Andei com passos largos para frente, procurando até que eu captasse uma brisa dele. Ah. Delicioso.

Abrindo os meus olhos, comecei a fazer meu caminho em direção ao humano quando parei meus passos. Oh céus…

O cheiro do humano estava misturado com o cheiro de outra distinta criatura. Uma que não mostraria piedade a ele. Amaldiçoando Nahuel por colocar o frágil objeto de meu experimento naquela sala – aquela de todos os lugares que pudesse colocar – apressei o meu passo. Hoje simplesmente não era um bom dia para paciência, era?

sábado, novembro 28, 2009

Sol Ardente - Capítulo 50 - Parte 1

A estonteante pancada em minha cabeça que Felix lançou me impediu de descobrir para onde ele estava me levando. Chacoalhei minha cabeça furiosamente, tentando tirar as brilhantes estrelas que piscavam em minha visão, mas não tive sucesso. Eu não podia me concentrar bem o suficiente para prestar atenção em todos os curveados caminhos pelos quais ele estava me levando, mas eu ainda podia lutar. E lutei.

Eu ataquei selvagemente, sabendo que não havia forma de que eu pudesse ser mais forte que esse massivo vampiro mas com a esperança de que se eu o pegasse desprevenido apenas por um meio segundo….Frustada por sua falta de resposta aos meus ataques, eu fechei meus olhos e tentei algo novo. Era algo que eu tinha contemplado tentar desde minha ultima visita a Zafrina mas não tive a chance de fazê-lo ainda.

Imaginando a mais horrenda imagem que podia pensar, eu a deixei passar pelo contato pele com pele que seu maléfico aperto tinha com meu antebraço. Ele se congelou momentaneamente, balançando sua cabeça para livrar-se da imagem que penetrou sua visão. Aproveitando o momento de surpresa, eu puxei meu braço mas subestimei sua força. Eu estava tão concentrada em manter a imagem sólida na cabeça dele que não percebi seu outro braço vindo em minha direção até que já fosse tarde demais. A segunda pancada em minha cabeça com sucesso me deixou inconsciente por meio segundo, escuridão embaçou minha mente antes que lutei para fora dela. Vacilei e a imagem sumiu de minha cabeça, libertando Felix do meu truque. Porcaria.

Olhei confusa acima para a massiva figura de Felix desde minha posição no chão – quando eu vim parar aqui? – o ameaçador olhar em seus vermelhos olhos e o perigoso rosnado em sua garganta. De repente me senti sendo levantada e jogada por cima de seu ombro enquanto ele começou a correr para onde diabos seja o destino que ele estivesse me levando. A turbulência de sua corrida não se misturou muito bem com a dor pulsante em minha cabeça, então fechei meus olhos em uma tentativa de suprimir o enjôo que agora sentia.

Tão repentinamente quanto ele começou a correr, ele parou. Percebi o pairar do ar e cuidadosamente abri meus olhos, visão ainda turva pelas pancadas em minha cabeça. Senti a forma abaixo de mim desaparecer enquanto eu era jogada no chão sem cerimônia. Fiquei naquela posição, desejando que as estrelas sumissem mais uma vez. Permaneci tensa, meus sentidos agudos e preparados.

“Aqui está,” a voz forte de Felix parecia soar em algum lugar acima de mim. “Não tente nada estúpido, mestiça.” Parecia quase um aviso. Ouvi passos retrocederem e decidi pelo peso que era Felix indo embora. Então um raspar de pedra com pedra e um golpe seco. Mas eu podia sentir outra forma nesse quarto comigo.

“Ness?” uma familiar voz passou por meus ouvidos, mais perto do que eu esperava. Pulei repentinamente, me jogando para longe dessa ameaça e caindo em posição agachada. A dor em minha cabeça estava desaparecendo o suficiente para me deixar perceber o que estava ao meu redor. Eu estava em um pequeno e cercado espaço sem forma de escape. Claro.

Meus olhos então se focaram em meu novo amigo transformado em inimigo. Nahuel. Um rosnado borbulhou em minha garganta com a visão que não era bem-vinda, sem engulir sua posição passiva ou seus braços esticados com as palmas viradas mostrando que ele não significava perigo.

Ele deu um passo à frente, e eu sibilei. “Fique longe,” eu cuspi.

Seus olhos me suplicaram. “Por favor, temos que ir embora,” ele soltou suavemente. Perdi o tom de urgência em suas palavras enquanto a fúria me tomava, manchando minha visão com aquele familiar vermelho.

“Bastardo,” eu rosnei, mantendo ritmo com os passos dele para frente dando meus passos para trás, para manter o espaço entre nós.

De repente, ele me pegou de surpresa indo rapidamente em minha direção e envolvendo seus braços ao meu redor, com sucesso prendendo meus braços em meu corpo. Porcaria, eu odeio ser arrastada de lá pra cá como uma boneca de pano. Antes que eu pudesse lutar em resposta, houve um som ensurdecedor e aquela familiar sensação de ir pelo ar em uma velocidade não-humana – ou não-vampírica? – me tomou. Para onde ele estava me levando agora?

sexta-feira, novembro 27, 2009

Sol Ardente - Capítulo 49

Nota da Autora: Isso está acontecendo ANTES de Felix levar Ness de sua prisão e de Nahuel levar Derek.

Ponto de vista de terceira pessoa

Os vampiros lentamente deslizaram para dentro da grande sala, alguns se deslocando um pouco confusos. Eles não tinham nenhuma idéia de por que Aro os chamou juntos; usualmente era para uma missão de algum tipo, mas para essas missões normalmente chamavam apenas alguns deles. Ele estava insatisfeito com eles?

Os três anciãos empoleiraram-se nos seus respectivos tronos, olhando-os enquanto eles entraram. Marcus parecia impassível como sempre, nem mesmo olhando em direção aos vampiros que chegavam. Caius olhou cada um cuidadosamente, seus olhos vermelhos queimando com poder. Aro meramente parecia satisfeito, as suas mãos dobradas no seu colo enquanto Renata pairava por perto dele incessantemente.

Alec e Jane tomaram os seus respectivos lugares ao lado dos anciãos, como os guarda-costas que eles eram. O resto formou uma linha curva diante deles, curiosidade marcando suas feições. Os meio-vampiros formaram seu próprio grupo, amontoando-se juntos por auto-preservação. Eles não eram oficialmente parte dos Volturi, portanto eles eram um tanto afastados pelo mais importante grupo. Contudo, os eventos recentes circundavam em volta deles e o seus envolvimentos, então suas participações eram inevitáveis.

Os únicos dois não presentes ainda eram Mika e Felix. Enquanto esta ausência foi observada, um murmúrio passou pela guarda. Desobedecer ordem de Aro significava punição, na maior parte dos casos. Aqueles dois desconsiderariam o seu convite?

No momento que aquele pensamento passou pelas suas mentes coletivamente, os dois em questão tropeçaram para dentro, fundidos juntos como um só, Mika pressionada contra o lado dele com os seus esbeltos braços cercando seu tronco. Felix tinha um forte braço envolto em volta dos ombros dela protetoramente, um largo sorriso pintado em seus lábios. Ela parecia tão arrumada como sempre, sem evidência do que ocorreu momentos antes. Felix foi aquele que entregou, com o seu cabelo desarrumado e seu manto em desordem — pelo menos, em tanta desordem quanto um vampiro estaria. Os olhos dela até reluziam com satisfação, parecendo muito uma leoa satisfeita.

“Felix, Mika. Vocês estão atrasados,” ladrou Caius, seus olhos estreitando ligeiramente.

Felix inclinou sua cabeça em respeito ao ancião, murmurando suas desculpas. Mika meramente olhou para Caius com olhos entediados, causando que o maxilar dele se tensionasse com esse sinal de desrespeito. Se apenas Aro não tivesse tanto apresso por essa vampira… .

“Oh, menos, Caius,” Aro falou jubilantemente. “O que são alguns segundos! Venham, venham, meus filhos. Venham mais perto,” ele arrulhou.

O rosto de Mika torceu-se em repugnância com a voz doce de Aro, mas ainda assim obedeceu com o resto do bando.

“Meus queridos,” suspirou Aro. “Tenho algumas novidades para vocês. Os planos mudaram. Estarei para sempre agradecido por todo o esforço que cada um de vocês depositou até aqui — ” Mika teve de sufocar um bufo com essas palavras “— mas temo que mais trabalho tenha de ser feito. Vocês lembram-se daquele humano com os Cullen neste momento?” ele indagou, a pergunta principalmente dirigida para àqueles que sabiam de sua existência, todos dos quais acenaram com a cabeça. “Que pena que a vida dele deva estar em perigo por causa das ações bobas de alguns dos nossos irmãos,” ele suspirou como se fosse realmente uma vergonha. Jane olhou cada um dos rostos cuidadosamente, procurando qualquer sinal de descontentamento com as palavras dele. Alguns mudaram para se livrarem das expressões de desprezo que os adornavam antes que Jane pudesse pegá-los.

“Estivemos discutindo as conseqüências de tais ações durante algum tempo,” continuou Aro. “Até temos a criminosa em nossas mãos,” ele acrescentou, e Nahuel suprimiu revirar os olhos pela falta da menção do menino-lobo que eles também apreenderam. “E finalmente viemos com uma solução,” falou Aro alegremente, batendo suas mãos como uma criança. “Teremos sob custódia o humano que sabe demais sobre nós e então decidiremoa o seu destino. É muito arriscado tê-lo vagando por aí com o conhecimento de nossa espécie.”

Enquanto o resto menteve seus rostos inexpressivos, Nahuel olhou-o com descrença em seus olhos. Por não estar há muito tempo próximo aos Volturi, ele não pode controlar a sua expressão a tempo. Ele sabia que deviam obedecer aos anciãos totalmente sem questionamentos, mas às vezes era demais. Como agora. Ele sabia que havia um plano mais profundo em trazer àquele humano aqui, como havia um plano oculto em trazer Seth e Ness aqui. Ele podia adivinhar o que o último era, mas não conseguia entender as razões do anterior. Como eles poderiam simplesmente seguir cegamente as instruções quando o seu líder mantinha tais fachadas como essa?

“Sim, meu querido?” A voz de Aro cortou os pensamentos de Nahuel, assustando-o. Merda. Ele rapidamente reajustou a sua expressão facial, mas era tarde demais.

“Aro,” ele falou respeitosamente, “com todo o devido respeito, se vamos punir os Cullen apreendendo o humano, não devemos deixar Ness ir? Não teremos nenhuma necessidade dela.” Eu espero, ele acrescentou silenciosamente. “Afinal, você disse que essas eram as conseqüências das ações dela. Você não pode puni-la novamente. Isso é justo.”

Jane rosnou suavemente, encarando o mestiço que falou fora de hora. Inaceitável.

“Paz, filha,” disse Aro quietamente embora seus olhos permanecessem em Nahuel, uma expressão contemplativa em seu rosto. Depois de um breve momento, outro olhar cruzou sua face, um que perturbou Nahuel. “Você está absolutamente correto, meu querido.” Ele deveria ter sentido alívio com aquelas palavras, mas Nahuel não conseguiu evitar uma pontada de medo. Ele tinha algo mais em sua manga. “Vá e traga-nos o humano. Então você pode devolver Ness aos Cullen.”

“O quê?” Caius sibilou, obviamente chocado pela modificação súbita no plano. Novamente. “Mas e se—”

“Ah, absurdo. Não temos nenhuma necessidade,” Aro acenou para Caius, mas Nahuel captou a adição silenciosa às suas palavras. Não temos nenhuma necessidade para ela mais. Tinha algo aí. O que eles estavam planejando agora?

“E Seth?” Nahuel soltou antes que pudesse se controlar. Ele ouviu os ofegos de suas irmãs com suas ações, obviamente temendo por sua vida.

“O que tem ele?” Caius rosnou, obviamente insatisfeito com ele.

“Paz, irmão,” murmurou Aro, olhando Nahuel. “Continue?”

Nahuel respirou profundamente. Ele já tinha dúvidas sobre ajudar os Volturi em primeiro lugar, especialmente prejudicando os Cullens em troca. Talvez agora fosse a sua chance de acertar as coisas sem deixar Aro muito zangado. “Deixe Seth ir,” afirmou Nahuel simplesmente. Jane rosnou para a ordem enlaçada ao seu tom.

Caius levantou uma sobrancelha. “Oh? E se não deixarmos?”

Com o maxilar apertado, ele respondeu, “Então devo tristemente rejeitar a sua oferta de permanecer aqui.”

A boca de Aro contraiu mas Caius falou primeiro, seus olhos se estreitando furiosamente. “Você fez um acordo,” ele assobiou. “Seu pai—”

“Não me importo,” afirmou Nahuel simplesmente, ignorando os ofegos de suas irmãs. Ele não sabia quando havida chegado nesta conclusão, isso tinha estado se remoendo em sua mente durante algum tempo, mas nunca teve a noção de expressá-la. De qualquer forma, o que ele disse era verdade. Ele não estava fazendo isto por seu pai, mas por suas irmãs inocentes. Eles apenas tinham a impressão que era sobre seu papai biológico.

Aro o olhou curiosamente. “Muito bem então. Você deve ser de fato forte para virar a cara à morte do seu pai bem como a das suas irmãs…” A implicação foi clara. Toda a cor foi drenada do rosto de Nahuel com a ameaça enlaçada em seu tom. Merda. Ele perdeu sua vantagem no jogo.

Curvando sua cabeça em complacência, a atmosfera consideravelmente ficou mais leve ao seu sinal de obediência. “Apenas Ness, então.” Foi como se uma respiração coletiva fosse solta, aquela que foi mantida presa durante a provocação entre Nahuel e os anciãos.

Aro moveu sua cabeça em acordo. “Traga o humano,” ele ordenou, uma nota de finalidade na sua voz. Todos eles sairam até que Nahuel fosse o último restante. Ele olhou sem expressão em direção aos três antes de sair porta afora para seguir ordens, esperando que a sua boca grande não metesse sua família em nenhum problema. Ele não podia deixar qualquer sinal do plano lentamente se formando em sua mente escapar. Ele tinha de consertar isto. Enquanto ele mantivesse esta máscara de agora em diante e não deixasse Aro ver sua mente, ele estaria limpo. Mais fácil falar do que fazer.

domingo, novembro 08, 2009

Sol Ardente - Capítulo 48

Ponto de Vista de Derek

Meu corpo se sentia leve. Eu não podia me concentrar, minha mente mal tocava um assunto antes de voar para outro. Não conseguia me lembrar onde eu estava ou o que estava fazendo, nada disso me importava de qualquer forma no momento. Tudo que eu podia realmente me concentrar era o quão escuro estava. Eu podia comparar com…algo. Esqueci. Droga de concentração. Estar embaixo dágua, talvez? Afinal, era como se meus sentidos tivessem sido completamente cortados, como se travesseiros estivessem pressionados contra meus ouvidos, bolas de algodão estivesses enfiadas no meu nariz, e meus olhos lacrados. Claro, sem sentir nada disso. Eu estava morto?

Não sei por quanto tempo isso durou. Um hora ou outra, a dormência diminuiria, e eu estaria mais alerta ao meu redor, como se as barreiras estavam sendo lentamente derrubadas. Minha mente iria gradualmente cessar para ser a bagunça atrapalhada de antes enquanto assimilava um entendimento que estava além do meu alcance. Algo aconteceu. Eu acho. Mas eu não conseguia lembrar. O que quer que fosse, vagava pelas beiradas do meu subconsciente, se negando a me esclarecer. E no momento que os dedos de minha consciência iriam deslizar sobre o-que-diabos-isso-era, já havia ido.

Suponho que toda vez que parecia que eu estava escapando da neblina, eu era jogado novamente na escuridão. Tudo que eu notava era um cutucão estranho em meu braço – estranho apenas pelos meus sentidos estranhos – e puff. De volta para a terra dos malucos eu fui.

Estava acontecendo novamente. Quase como se um peso sendo levantado. Lentamente. Consistentemente. Mas não exatamente. Eu quase adivinhei o que estava por vir – se eu pudesse ao menos adivinhar em que situação eu estava. Eu posso sequer raciocinar? Então o que eu estava fazendo nesse momento? – enquanto ainda não compreendia.

A pressão em meus ouvidos diminuiram um pouco mais, mas eu mal notei devido ao silência quase total. Mas quando um alto barulho ressonou pelo quarto, eu definitivamente ouvi isso, quase jogando munha mente de volta à consciência. Algo duro e quente – quase queimando – apertou em volta de meu braço, me levando a mentalmente estremecer do calor repentino. Eu não conseguia controlar meus músculos ainda. Vamos lá, cérebro e neurônios e neurotransmissores! Funcionem!

Antes que pânico pudesse me preencher ainda mais, havia um distante e não-humano grunhido ecoando de algum lugar abaixo de mim – se minha percepção estava correta – , rapidamente seguido por outro barulho como de tiro, e meu braço foi quase arrancado do lugar. O que seja que eu estava deitado antes se foi, substituido por ventos torrenciais que me jogavam como um boneco de trapos. Durou apenas um segundo antes que eu sentisse força gravitacional novamente. Oi, corpo. Te apresento o chão. Meus sentidos estavam trabalhando mais alertamente enquanto os sedativos perdiam efeito, permitindo que a dor do impacto e o frio do chão atravessassem minhas roupas e entrassem em minha pele.

O frio combinado com os repentinos jatos de barulho de antes e o tratamente de boneco de trapos que recebi – minha mente estava lutando para entender o que diabos foi aquilo – tiveram sucesso em me puxar para mais perto da consciência do que tive em horas? Dias? Décadas? Eu nem sei.

Testando meu controle motor, eu tentei mover meu dedo e estava satisfeito em sentí-lo indo para frente e para trás. Oba. Agora onde raios eu estava? Abra-te Sésamo! Eu pensei, apenas para rir, enquanto forçava meus olhos a se abrirem. A estranha meleca de canto de olho cutucava no canto interno deles, congelados lá por quanto tempo seja que fiquei apagado. Eu estava começando a entender que eu estava “dormindo” – por falta de um termo melhor – contra minha vontade por algum tempo. A razão atrás disso era ainda fora do meu alcance. Mas hey, eu estava acordado agora. Isso é bom, não é?

Errado. Estava escuro onde-diabos-seja-que-eu-estivesse. Pisquei furiosamente, forçando meu corpo a se mover para posição sentada. Enquanto meus olhos gradualmente se ajustavam à falta de luz – você pensaria que eu estivesse acostumado a escuridão por estar inconsciente – eu primeiramente pensei que estava sozinho nessa caverna que eu me encontrava. Porque isso parecia algum tipo de merda de caverna. Que diabos?

Mas meus instintos de sobrevivência estavam acordando. Não, eu não estava sozinho. Os pequenos cabelos em minha nuca se arrepiaram desconfortavelmente, gritando para eu correr do que seja que fosse essa ameaça. Eu finalmente conseguia distinguir uma forma no outro lado desse tipo de quarto em que eu estava, e eu o olhei cautelosamente. Quem fosse – ou o que fosse – aquilo, a coisa estava parada bem imóvel. Quase parecia uma cabeça flutuante ou algo assim. Talvez não estivesse vivo. Talvez era apenas algum tipo de estátua. Vire minha cabeça e apertei meus olhos, tentando decifrar a forma. No tempo que me tomou para piscar uma vez, o objeto de meu estudo desapareceu e estava diretamente na minha frente. Me encontrei encarando a barra de um sobretudo preto. Meu primeiro pensamento foi que não era surpresa que eu podia apenas ver seu rosto na escuridão.

Meu segundo pensamento era mais no estilo de Oh merda!

Ponto de vista de Jake

“Que diabos acabou de acontecer?” Não pude evitar de rosnar com minha fúria. Meus membros estavam começando a tremer, e eu tive que respirar profundamente para tentar controlar.

Poucos momentos atrás, se ouviu como se uma arma tivesse sido disparada, causando que todos nós saltássemos de qual seja a posição que estávamos. Todos ficamos surpresos, o que significava algo; tomava muita coisa para confundir um bando de sanguessugas e um transmorfo. Mas então o leitor de mentes se congelou e seu rosto se endureceu antes de soltar um rosnado enfurecido que estremeceu a casa. Que.Diabos.é.Isso. Problema de temperamento será?

Edward, Bella, e Jasper estavam todos fora de seus lugares e nas escadas antes que o resto de nós pudesse reagir. Mas eles nem chegaram nos degraus antes daquele estranho barulho soar novamente. Eu estremeci quando o Sr. Leitor de mentes machão deixou sair um rosnado ameaçador, voando pelas escadas em uma velocidade não-humana.

Quando finalmente levantei meu traseiro e cheguei no quarto onde os outros estavam reunidos – o quarto de Derek? – um forte cheiro me atingiu. Era um cheiro estranho, familiar. Como um sonho distante. Também cheirava em algo como…Nessie. Mas não exatamente.

“Nahuel,” Edward sibilou enquanto Bella olhava ao redor em descrença. O que levou a minha explosão. E aumentou o nosso dilema. Onde diabos estava aquele safado? Isso tinha algo a ver com os outros desaparecimentos? Por que eles pareciam ter sido menos cuidados dessa vez? E a maior pergunta de todas (apesar que apenas consegui dizer uma palavra): Nahuel?