segunda-feira, novembro 01, 2010

Jovens Corações - Capítulo 08

“Quem é aquele cara que tem ficado ao seu redor?” Chelsea, minha parceira de laboratório perguntou quando o meu pai deixou Alyssa e eu na aula.
“Meu cunhado… casado e feliz com minha irmã.” Eu resmunguei. Eu odiava quando alguém da minha idade mostraram interesse nele. Ele é meu pai, e não algum adolescente bonito. Pelo menos não é isso que eu via quando olhava para ele. Ele é lindo, sim, mas todo mundo na minha família é assim.
“Oh, ele não parece velho o suficiente para ser casado.” Ela disse. Eu me encolhi com a decepção em sua voz. Como se ela fosse alguma vez ter uma chance com ele, de qualquer maneira.
“Quando você dá a luz?” Ela mudou de assunto, olhando fixamente para minha barriga. “Eu honestamente não achava que você estava grávida até… bem, até agora.”
“Eu realmente não comecei a mostrar através da minha roupa até agora.” Eu estava grata por não ter que terminar de responder sua pergunta, pois o professor começou a aula.
Imediatamente agi como se estivesse interessada no que ele estava dizendo, mas eu podia sentir os olhos dela em mim, ou melhor, na minha barriga.
O bebê deu um leve chute no meu lado direito, que era onde ela estava sentada.
Ri baixinho e acariciei meu lado onde o bebê chutou. Eu sei, encarar não é educado. Pensei em silêncio. Eu sabia que o bebê não podia me ouvir, mas eu gostava de conversar com ele ou ela. Fazia a gravidez parecer mais real.
“Táxi, Derek ao seu dispor!” Derek saltou em minha direção e uniu meu braço com o dele.
Eu bocejei e me inclinei para o lado dele, deixando ele suportar a maior parte do meu peso.
“Você está bem?” Ele me perguntou, soltando meu braço e envolvendo o seu em minha cintura.
“Você parece… espera… se eu disser que você parece horrível, vou fazer você chorar?”
“Não, mas vai me irritar.”
Ele inspirou profundamente e deixou o ar sair lentamente. “Você está maravilhosa, você deveria descansar.”
Ohei para ele e ele sorriu para mim o seu sorriso torto.
“Foi óbvio… demais?”
“Derek”, suspirei. “Tudo o que você faz ou diz é óbvio demais.”
“Sério? Eu nunca percebi.”
“Você não perceberia.”
“Você acabou de me insultar?
“Você queria que eu insultasse?”
“Eu não gosto disso, Edward!” Derek se queixou enquanto caminhávamos até o meu pai sentado à mesa do almoço com Alyssa, Jacob e Seth.
“Não”. Meu pai avisou.
“Não o quê? Reclamar porque ela pode me zoar, mas eu não posso fazer nada de volta para ela? Espere até essa criança nascer. Vou acabar com você em estilo Derek.”
“Eu gostaria de ver você tentar.” Murmurei, e me abaixei para pegar o sanduíche de rosbife das mãos de Jacob antes que ele pudesse dar a sua primeira mordida.
“O mesmo aqui.” Jacob opinou, pegando o sanduíche de volta depois que eu tinha dado uma mordida.
“O seu”. Ele afirmou, apontando para o hambúrguer na frente da cadeira vazia ao lado dele.
Balancei a cabeça e encarei o sanduíche dele.
“Acho que ela quer o seu.”
“Você acha?” Jacob cuspiu e trocou nossos sanduíches.
“Oh,” disse Derek lentamente, balançando a cabeça. “Agora eu entendo o que você quis dizer sobre ser óbvio demais. Tipo, todo mundo aqui sabia que você queria…” Ele parou quando olhei para ele. “Eu ainda estou sendo óbvio?”
Todos na mesa concordaram com a cabeça.
“Eu não sou óbvio!” Ele explodiu, fazendo Alyssa e eu darmos um pulo. “Vocês, pessoal, que são observadores demais!”
“Derek”, meu pai suspirou profundamente. “Sente-se, você está chamando atenção para nós”.
“Quem não pararia para olhar para mim?” Ele abriu um sorriso largo, e meu pai agarrou seu pulso e o puxou para baixo em sua cadeira.
“Você poderia apenas ter pedido.” Ele resmungou e se sentou de volta em sua cadeira.
Bocejei de novo e coloquei minha cabeça em minhas mãos sobre a mesa.
“Por que não tiramos o resto do dia de folga?” meu pai sugeriu.
“Não”, me levantei e balancei minha cabeça. “Eu preciso ir à biblioteca e estudar para este teste de amanhã.”
“Você pode estudar em casa.”
“Eu posso estudar aqui, que é mais silencioso do que em casa.”
“Renesmee, você está exausta.”
“Eu estou bem.”
“Não discuta comigo. Você vai se cansar mais rápido do que antes. O bebê está ficando mais forte. “
Eu não podia discutir com ele sobre isso. O bebê se movimentava cerca de noventa por cento do tempo.
“Para casa”. Meu pai ordenou.
“Está vendo? Como você pode ser todo exigente com ela e ninguém mais pode?” Derek o perguntou.
“Porque eu sou pai dela”. Meu pai respondeu, baixo demais para alguém que não estivesse na mesa ouvir.
“É justo.” Derek apertou os lábios e assentiu.
“Mas eu vou para a biblioteca. Está passando o jogo e meu pai vai estar mais barulhento do que o habitual.” Alyssa sorriu com o pensamento do tio Emmett.
“Derek e eu vamos ficar com você.” Seth disse.
Meu pai concordou com a cabeça.
“Ficar mais de olho em garotas de faculdade, estou dentro.” Derek se recostou na cadeira e olhou ao redor da sala de almoço.
“Nenhum ser humano, Derek. Já passei por isso… não é algo que eu sugeriria, e não acho que você tem a força para estar com um humano.”
“Oh, eu sei, mas eu ainda posso olhar. Ei, você acha que algum vampiro por aí tem visão raio-x? Eu trocaria toda a minha força por esse poder”.
“Você trocaria”. Meu pai resmungou. “Mulheres não são objetos, Derek”.
“Eu sei, mas observá-las ainda é divertido. Diga que você nunca usou seu dom para algumas vantagens com as mulheres.”
“Não, nunca. A única mulher que eu já quis é imune ao meu dom.”
“Você é muito chato.”
“Ness, vamos.” Meu pai disparou.
“Você esteve quieto durante o almoço.” Eu disse enquanto peguei a mão de Jacob.
“Eu estava me divertindo vendo Derek se enterrar mais alguns centímetros nesse buraco de 15 metros que eles está cavando para si mesmo.”
“Que cheiro é esse?” perguntei quando ele se aproximou do carro. Era um animal em decomposição, mas eu não conseguia decifrar qual. Era um cheiro horrível.
“Jacob, mantenha-a aqui.” Meu pai colocou suas mãos em meus ombros e me empurrou contra Jacob. Suas mãos substituiram as de meu pai.
Eu o vi andar suavemente em direção ao carro e chutar algo sem vida para dentro das árvores em frente ao carro. Ele então se agachou para pegar um pedaço de papel.
“Edward?” Jacob perguntou impaciente.
“Leve-a para casa.” A voz de meu pai estava mais fria do que gelo.
“O que está acontecendo?” Perguntei, mas ninguém me respondeu. Jacob me colocou no carro do meu pai e se levantou, encarando ele.
“Acho que Carlisle pode estar certo em suas suposições sobre Luke.” Meu pai estava concordando com algo nos pensamentos de Jacob.
“Eu não sei, mas ele não vai chegar perto dela.”
Jacob rosnou profundamente em seu peito.
“Ela é minha filha, Jacob, é claro.”
Jacob entrou no carro, e olhei fixamente para o meu pai enquanto Jacob se afastava.
“Fale”. Exigi.
“Estresse não é bom para…”
“Você não me dizer o que está acontecendo é estressante – Oh!” Me inclinei para frente, minha mão segurando meu lado onde o bebê me chutou. Foi o chute mais forte que ele ou ela já tinha me dado. Eu podia sentir o hematoma se formando.
Jacob pisou nos freios e encostou o carro. “O que foi?” Ele perguntou freneticamente.
“Nada”. Eu disparei.
“Você está ofegante. Está com dor?”
“Não!”
“Não esconda nada. Me diga –”
“Eu vou te dizer quando você me disser o que está acontecendo.”
Jacob mordeu o lábio inferior e tirou o carro para longe do meio-fio.
“É isso?” Eu griteia. “Você não vai me dizer?”
“Você não precisa ficar estressada.”
“Hmf,” gemi e virei meu corpo para longe dele para olhar pela minha janela.
Recusei-me a olhar para ele até que ele estacionou na garagem. Imediatamente sai do carro e minha mãe já estava nos esperando lá fora. Ela estava com seu uniforme de médica, então conclui que meu pai ligou para ela no trabalho e ela chegou antes de nós em casa.
“Você sabe também?” Perguntei à ela.
“Sei o quê?” Ela perguntou inocentemente.
Revirei os olhos e passei por ela caminhando para dentro.
“Você pode ir ver como ela está?” Ouvi Jacob perguntar para minha mãe. “Eu não sei o que ela sentiu no carro, mas foi algo que lhe causou muita dor.”
“Claro,” minha mãe disse baixinho e a ouvi subindo as escadas.
Sentei-me na minha cama, de frente para a porta, esperando por ela.
Ela bateu uma vez e entrou, “O que está acontecendo?”
“Você que me diz.”
“Ness”, ela balançou a cabeça e se sentou ao meu lado. “Isso é importante.”
Respirei fundo. Eu não podia deixar de contar para minha mãe. Ela passou por tudo isso. Ela sabe sem que eu lhe diga.
“Onde é que o bebê chutou?” Ela perguntou, colocando a mão na minha barriga.
Soltei a respiração que eu estava segurando. “Aqui”, sussurrei, apontando para o meu lado esquerdo. “Muito forte, me tirou o fôlego.”
“Você ouviu ou sentiu alguma coisa quebrar?” Ela perguntou, sua voz mais calma do que eu esperava.
“Não, apenas dor.”
Ela levantou minha camisa e um pequeno e redondo hematoma estava agora no lugar onde o bebê me chutou.
“Como você se sente agora?”
“Perfeitamente bem. Só um pouco cansada.”
“Isso é bom. Você parece ser forte o suficiente para carregar o bebê, mas ele ou ela está ficando mais forte à medida que cresce. Você se sente de alguma forma fraca?”
Balancei minha cabeça. “Eu me sinto exatamente como me sentia antes de ficar grávida. Apenas me canso um pouco mais rápido.”
“Ok, mais chutes como esse e quero que você avise um de nós imediatamente.”
“Claro que sim.” Bocejei, minha mãe beijou minha testa e me deixou sozinha dar o meu cochilo.

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