Prévia de Renegado

Nota da autora: Abaixo está um trecho do meu próximo trabalho, Renegado. Renegado será uma combinação de uma visão de partes do passado de Jasper enquanto ele e Alice continuam suas vidas com os Cullens. Renegado levará a história deles até Breaking Dawn. Espero que vocês gostem do trecho e considerem se juntarem à mim para a próxima parte!

Obrigada novamente por lerem minha história.

Kayla

Prévia da continuação de Coalescence, chamada Renegado.

Outono de 1851

O velho e pesado homem mancou entre as pedras que estavam espalhadas sobre a sarjeta, como se elas tivessem sido uma vez bolinhas de gude atiradas por um gigante rebelde. Embora mancasse muito, ele fez o seu caminho entre o labirinto de pedra e água com firmeza, pois ele sabia de coração o caminho para a sua escondida piscina natural. O mancar foi causado por ferimentos que foram conseguidos há muito tempo, e embora ele estivesse instável, ele os compensava bem.

À frente dele, um esbelto jovem esperava impacientemente. Normalmente, o jovem estaria correndo ou pulando de pedra em pedra, mas hoje seus ombros caíam sob as varas de bambu, e seus pés descalços chutavam tufos de grama na areia.

Para o Reverendo Whitlock, o jovem rapaz parecia completamente derrotado.

Mesmo os cães que andavam nos lados dele estavam desanimados pelo menino.

“Estou indo, garoto,” ele bufou. “Essas velhas pernas têm uma dificuldade nestes lugares.” Depois de décadas de estar longe desse pântano, o tom de voz de Louisiana era reproduzido através do pesado sotaque do Texas.

“Está tudo bem, Vovô”, disse o menino, quase muito baixinho para ser ouvido. “Eu não tenho nenhum lugar para ir hoje, de qualquer maneira.”

O reverendo alcançou o rapaz e apertou seu ombro com uma mão forte. “Não deixe que eles te derrubem, garoto”, disse ele, sua voz grave ecoando nas rochas e enchendo o lugar. Dois dos cães acariciaram o menino, quase como se eles tivessem sido afetados pelo velho e agora, também, tentavam levantar seu ânimo. “Você perdeu uma luta. Não é grande coisa. Nós todos perdemos elas de vez em quando. “

“Vai ser uma grande coisa para o meu pai”, cuspiu o garoto. Ele olhou para o homem mais velho, pois ele era quase uma cabeça mais alto, e depois desviou o olhar rapidamente.

Reverendo Whitlock sabia que o menino estava certo, seu pai iria ver sua perda como um sinal de fraqueza, e ele não aceitava fraqueza com bom grado.

“Diga-me, meu filho, por que você lutou com eles”? Você não podia dizer como era causa perdida? “

O rapaz caminhou em silêncio ao lado dele por um tempo, e o Reverendo não pressionou. Falar abertamente sobre a fragilidade emocional de Jasper não era uma coisa fácil.

Eles chegaram até a pequena curva do rio que escondia a piscina natural. Era um local secreto, de difícil acesso, mas que valia a pena.

Cercado por rochas e altas gramas, a lagoa estava totalmente escondida do mundo. Era um lugar de solidão, e o Reverendo, que amava as pessoas, às vezes necessitava solidão.

Os cães correram na frente através do gramado, mas não perturbaram a água. Não muito.

Eles passaram tecendo pelos gigantes arbustos até que chegaram em uma rocha plana. O lugar era esplêndido em sua imobilidade absoluta.

O rio corria pela piscina natural de tal forma que evitava que a sujeira e lodo tivessem alguma chance real de ganharem lugar, mas a superfície da água permanecia tão suave como vidro. O profundo céu azul e brilhantes nuvens brancas refletiam perfeitamente na água. Tanto o homem quanto o menino suspiraram quando viram.

Eles começaram a trabalhar com as varas de bambu, e logo tinham um par de minhocas na água. Quando os dois estavam sentados, assistindo o sol dançar através da estranha onda, o reverendo mencionou a luta novamente.

“Rapaz, você sabia que não ia acabar bem, não é?”, ele perguntou. Os cães se aproximaram dele. Ele estava tentando acalmar seu neto, e os cães sempre queriam ficar perto dele quando ele tentava aliviar a dor de outro.

Jasper encolheu seus ombros contra ele. “Eu pensei que eles iriam me escutar. Pensei que poderia impedí-los, então eu fiquei furioso, e pensei que podia chicoteá-los. “

“As pessoas não são cavalos, rapaz. Você não pode sempre fazê-los fazer o que você quiser. Na verdade, você não deveria nem tentar “, ele disse baixinho para o menino. Ele olhou para seus próprios cães. Ele e seu filho, e agora seu neto, eram todos bons com animais, mas Jasper era o melhor de todos eles. O menino tinha aprendido a montar aos quatro anos, e não havia um cavalo que não o obedecia agora.

“O pai acha que eu deveria ser capaz disso,” Jasper disse, sua voz dura. “Ele diz que preciso aprender a liderar homens como ele faz. Eu quero! Deus sabe que eu quero fazer o que ele faz. Só que não consigo entender isso. Eu não sei como fazê-lo.”

O reverendo tomou uma respiração profunda. Não apenas esse era um ponto sensível para o seu neto, mas era a origem da divergência entre ele e seu próprio filho.

“Você sabe que eu não concordo com o seu pai”, disse ele, pensando muito sobre suas próximas palavras. “Ele está certo de que um menino com seu espírito pode influenciar uma multidão uma vez que você aprender como fazer. O que você faz com cavalos é uma prova clara disso.” Ele fez sua voz suave agora, tentando tanto acalmar seu neto quanto fazê-lo ver um ponto. “Liderar homens não é forçá-los a se curvarem à sua vontade. Trata-se de lhes mostrar o caminho certo. Você pode mover uma vaca empurrando-a, mas ela vai se mover na direção errada. Ou você pode guiar uma vaca, mostrando para ela o caminho, e ela vai seguí-lo sem problemas. Ambas as formas funcionam, eu suponho, mas acho que é muito mais fácil puxar uma vaca com um punhado de feno, que empurrar pelo outro lado e pisar em estrume.”

Jasper riu. O reverendo pôs o braço em torno do jovem rapaz e sentiu o menino relaxar sob ele.

“Está chegando a hora quando você tem que escolher, Jasper. Seu pai, ele escolheu conduzir homens, mas não para ajudá-los. Não, ele os guia pelo bem de ser o líder. Ele os lidera por causa do orgulho. Eu os guio, mas espero que seja por um motivo diferente. Sua avó e eu, queremos ser uma bênção para as pessoas ao nosso redor.”

“É a sua hora, agora, rapaz. É a sua vez de escolher. Eu rezo para que você escolha bem.” O reverendo olhou para o menino. As poucas ondas na lagoa enviaram ondas de luz em seu rosto. Ele sabia, como ele sempre soube, que o menino estava dividido por dentro. Jasper tinha uma capacidade natural de liderança, mas ele também tinha o desejo de controlar aqueles que ele guiava, tal como ele controlava os cavalos.

Seu filho era quase cruel em suas relações com os outros, preocupando-se apenas sobre como eles podem adicionar a seu próprio poder e prestígio. Jasper estava em perigo de seguir esse solitário e doloroso caminho.

O reverendo rezou de fato para que o garoto escolhesse bem. Tal dom podia ser uma bênção ou uma maldição, e se ele estava certo sobre o menino, Jasper podia trazer grande dor e tristeza se ele escolhesse o caminho errado.

22 de abril de 1966

Olhei para a calma piscina natural. A luz do sol, filtrando por entre as árvores, se refletia nas poucas ondas quebrando a superfície. O rio à minha direita, corria por seu caminho através das montanhas e rochas em volta de mim. O cheiro da grama chamava para a superfície uma memória que eu simplesmente não podia ver claramente. A memória era uma dos meus anos humanos, uma que eu guardava e valorizava, mas ela era muito fraca.

Uma lagoa, cercada por gramado e pedras. Meu avô, peixes, e talvez animais de algum tipo giravam fora de foco em minha mente. Ele tinha colocado seu braço ao redor de meu ombro. Havia algo de importante lá, mas eu já não podia agarrá-la do mais do que eu poderia saltar para a lua.

Eu nunca sabia porque memórias me cutucavam. Havia alguma razão, eu tinha certeza, e às vezes a ligação era fácil de se fazer. Esta embaçada memória me dava uma sensação de paz, mas havia uma urgência nela hoje.

O sol refletiu na água e em minha pele novamente, e o espaço escondido se encheu de luz. Pausei um pouco mais para aproveitá-lo. Os outros não estariam retornando da escola ainda, e eu tinha acabado de comer, então havia tempo para desfrutar o jogo da luz e estranha serenidade que o lugar me trazia. Além disso, esta noite seria estressante o suficiente. Nós estávamos indo na cidade para ver um filme, e eu estaria em guarda contra eu mesmo a noite toda.

Sondei a memória, tentando encontrar porque ela se sentia urgente agora, mas nenhuma razão veio até mim. Tudo o que eu sabia era a piscina d’água, a paz que eu sentia aqui, e a sensação do braço de meu avô sobre meus ombros.

Uma pequena brisa perturbou a superfície de espelho da lagoa. Eu assisti o padrão das ondas na água e peguei o cheiro marcante de pinheiro.

E o cheiro se transformou em quente gelo.

Quase não-detectável, mas definitivamente lá, outro perfume perturbava o cheiro da floresta. Tomei ar, puxando-o sobre a minha língua para ter certeza. O cheiro era tanto conhecido quanto desconhecido para mim. Dois diferentes então.

Outras memórias caíram sobre mim. Gritos, incenso inebriante, morte. Eles transbordaram, erradicando a paz. O cheiro de Hernandez, fraco, mas reconhecível, contaminava o limpo vento. O homem que era o mão-direita de Maria tinha estado nessas matas.

Eu me agachei, instinto assumido meus pensamentos, e comecei a procurar o caminho. Demorou um pouco, mas finalmente percebi que eles usaram o meu truque favorito de passar pelas árvores. O cheiro dele e de outro me assaltaram. Eles tinham cruzado o meu caminho mais do que meia hora antes de eu chegar aqui. Se eu não tivesse parado na lagoa, eu nunca os teria detectado.

Meus rosnados surgiram enquanto eu seguia as duas extremidades do caminho. Eu não consegui me concentrar em nada mais do que o medo e o ódio que tomaram conta de mim.

Alice não estava comigo.

Alice estava em seu caminho para casa.

Inimigos estiveram aqui.

Agarrei um tronco de árvore e o despedacei. Eu tinha que conseguir controle sobre mim mesmo.

Agora com cuidado, eu segui o caminho.

O gelo se derreteu no calor do veneno. Eles tinham vindo da cidade e estavam indo mais fundo na floresta. Eles estavam indo para a casa.

Meu rugido ecoou nas colinas ao meu redor. Eu não tinha idéia de onde estava minha companheira. Eu não tinha idéia se eles a tinham encontrado. Tudo o que eu sabia era que Maria estava prestes a trazer sua maldição sobre os Cullens.

Tudo o que eu era me puxou para a cidade, para encontrar minha companheira, mas eu não poderia fazê-lo. Eu não podia ir. Os aromas não levavam à cidade, eles levavam para casa. Emmett, Rosalie e Edward estavam com ela. Eu tinha que confiar neles para mantê-la segura, mas eu nunca me senti tão impotente nessa confiança.

Fechei meus olhos contra o pânico e virei-me na direção da casa. Eu tinha deixado Esme lá. Carlisle, se ele ainda estava vivo, não teria voltado do hospital ainda.

Eles estavam se dirigindo para Esme, e ela estava sozinha.