segunda-feira, novembro 01, 2010

Coalescence - Capítulo 14: Em Busca De Casa

[Jasper]

Pela primeira vez na minha imortal existência, eu não tinha idéia de que dia era. Pela primeira vez, eu não poderia me importar menos.

Alice estava deitada em cima de mim, suas mãos deslizando preguiçosamente pelos meus braços enquanto lentamente retornávamos do estado entorpecente e intoxicante do nosso amor. Nada em minha experiência poderia ter me preparado para a sensação de me perder nele. Quando finalmente chegamos ao êxtase juntos, a força das nossas emoções e a sensação do nosso amor físico totalmente envolveu nós dois. Nós passávamos através de uma onda de paixão apenas para depois sermos levados para um mar de alegria depois que o ato físico estava completo. As mudanças de maré continuaram a passar sobre nós até que os atos físico e emocional reuniam-se em perfeita harmonia, banhando nossas mentes em cores tão vivas e intensas, que elas superavam a minha memória do sol.

Meu corpo poderia ter continuado assim por dias, talvez semanas ou mais, nunca se cansando da sensação de Alice. No entanto, eu estava alegre e emocionalmente exausto, e podia sentir o mesmo em Alice. Além do mais, minha garganta queimava.

Engoli em uma automática, mas inútil, tentativa de aliviar a queimação. Alice percebeu, e mudou seu corpo para que ela pudesse me encarar. A sensação da pele dela contra mim, do movimento de suas curvas sutis enquanto ela erguia-se para me olhar, quase me levou de volta ao desejo louco do qual eu tinha acabado de emergir. Sinceramente, eu com felicidade mergulharia de volta naquele estado.

O belo rosto de Alice engoliu a minha visão enquanto ela me olhava com curiosidade. Sorri automaticamente ao ver seu rosto. Mesmo que não tivéssemos nos desgrudados um do outro em vários dias, cada vez que eu pegava um vislumbre de sua maravilhosa beleza, era como a primeira vez que eu a vi e sabia que ela era para mim. O mesmo ímpeto do amor, incansavelmente novo e excitante, correu através de mim.

“Você se sente diferente,” ela disse de repente.

Eu ri da sua declaração estranha. “Você está me sentindo já por algum tempo. O que é diferente agora?” Para provar meu ponto, eu agarrei seus braços e a empurrei para cima e para baixo ao longo do meu corpo. Ela riu e me beijou quando eu a puxei para cima, e prometi a mim mesmo fazer isso novamente. A sensação dela deslizando sobre mim daquele jeito era positivamente revigorante.

“Você sabe, eu tenho óleo de bebê no carro. Nós devemos fazer isso de novo com o óleo,” ela refletiu enquanto inclinava sua cabeça para olhar para mim de novo.

“Meu Deus, mulher, eu te amo”.

Ela riu de novo, as notas puras reforçando meu já feliz humor. Quando ela me olhou novamente, foi com olhos sérios.”Você está diferente, Jasper”.

“Eu sei”, eu disse, enquanto tirava seus sevalgemente emaranhados cabelos para fora de seus olhos.

“É como se seus ásperos lados tivessem sido polidos. Você parece…” Ela apertou os lábios e lutou por palavras. “Você parece mais suave agora, como uma névoa tranqüila sobre um sereno lago. Há uma paz dentro de você que é real, não algo que você criou. Isso faz você ainda mais lindo.”

Mais lindo?” Minhas mãos traçaram as feições de seu rosto. Ela me olhou como se eu fosse um anjo e não o gárgula que eu tinha sido forçado a me tornar. Você não poderia fazer algo a mais do que não estava lá em primeiro lugar. Minhas mãos seguiram ao longo de seu pescoço e caíram para deslizarem por suas costas. “Você fez isso comigo, amada. Quando você se entregou para mim, quando confiou em mim com tudo o que você é, isso me mudou. Eu sinto isso também.”

“Também não sou a mesma.”

“Não, você não é.”

“Sinto pena por todos aqueles outros vampiros que pensam que sabem o que é amor,” ela disse com um suspiro.

“Pena por eles?”

“Sim. Eles não têm idéia do que estão perdendo. Eles não tem a chance de amar você.” Alice terminou sua frase com um beijo em meu ombro.

“A maioria dos vampiros realmente não achariam que eu sou um bom partido. Especialmente os homens.”

Seu sorrisinho fez coisas maravilhosas em seu corpo enquanto ele estava deitado em cima de mim, e eu parei sua conversa para beijá-la com força.

Ela estava muito séria, e ela realmente sentia pena deles. Ainda que isso desafiasse tudo que eu acreditava sobre mim mesmo, ela se considerava a vampira mais sortuda na terra. Senti uma onda de orgulho nisso.

“Nenhuma mulher jamais foi mais inteiramente amada do que eu. Eu tenho certeza,” ela disse quando se afastou. Meu orgulho cresceu muito mais.

“Você tem certeza disso? Porque eu estou disposto a tentar mais. Precisamos ter certeza dessas coisas,” eu disse, minha voz mais um ronronar do que meras palavras. Ela riu novamente, e eu lancei meus dedos por sua lateral, fazendo-a gritar e se enrolar. A coisa toda de cócegas estava se tornando uma das minhas fraquezas favoritas. De repente, ela estava em cima de mim, beijando meu rosto e corpo com uma velocidade de vampiro. Minha pequena fadinha se lançou em me amar com tanta incontrolável energia como quando ela fazia todo o resto. Mais ainda, na verdade.

Um estalo alto do lado de fora me tirou de nossa feliz sessão de amor, e eu estava imediatamente na janela tentando encontrar a fonte do ruído.

“Alce,” Alice disse preguiçosamente da cama no mesmo momento em que a criatura entrava em meu campo de visão. Relaxei um pouco, mas o alarme falso trouxe um pensamento que eu me amaldiçoei por não ter percebido mais cedo.

“Os clãs de Nova York conhecem este lugar?”

“Eles nunca estiveram aqui, mas eles sabem dele.”

“Nós devemos partir”, eu disse com firmeza. Se eles sabem daqui, eles podem tentar encontrá-lo. Balancei a cabeça por minha própria estupidez. Eu deveria ter pensado nisso. Eles poderiam ter facilmente atacado enquanto nós estávamos presos nos braços do outro.

“Eles não estão vindo”, disse Alice com a mesma firmeza em seu tom. Eu me virei para olhar para ela, e a vi sorrindo para mim, os olhos arregalados em maravilha. O cristal da minha pele fez com que milhares de minúsculos arco-íris brilhassem em todo o quarto e brincassem em seu rosto.

“Esta é a minha visão”, ela sussurrou.

“Você me viu de pé aqui?”

“Aham. Você é simplesmente tão lindo, Jasper. Eu vi essa imagem no lago, antes de você vir para perto de mim. Foi a coisa mais linda que eu já tinha previsto, mas realmente não lhe fez jus.”

“Você me viu olhando para um alce, mas não nos viu na cama? Como você perdeu a primeira parte? Para uma vidente, você não pega as coisas importantes muito bem.”

“Eu achava que não podia ver passando da parte do peixe. Eu realmente odeio peixe.” Eu a assisti rir, esparramada em nossa cama, e senti a paz de completude me preencher. Ela realmente tinha me mudado.

Então olhei ao redor do quarto.

A cama tinha saído de sua base, e cada uma das quatro pernas agora se inclinava em ângulos estranhos. Os parafusos haviam sido arrancados, e estavam fora do chão como dentes esmagados. Roupas de cama esfareladas e o que possivelmente uma vez eram travesseiros cobriam o chão em um padrão que se assemelhava com a explosão de uma bomba.

Nós quase destruímos o lugar.

Fiquei tão orgulhoso que eu poderia ter estourado.

“Oh meu Deus,” Alice disse em admiração. Olhamos um para o outro, e ela cobriu sua boca aberta com as mãos e riu.

“Eu não posso acreditar que fizemos isso.”

“Eu posso”.

Ela arrastou-se da cama, e soltou um ganido quando viu seu cabelo. Ela tentou dar tapinhas no emaranhado vertical, mas ele só subia de volta.

“Você poderia ter me dito que eu estava desse jeito”, ela repreendeu.

Eu ri de novo, totalmente à vontade com ela. “Você está linda. Além disso, eu acho que fica bonito em você.” Olhei para o seu rosto irritado e segurei a risada que ameaçava romper. Isso só iria me colocar em problemas. O vermelho estava quase desaparecido de seus olhos, e a queimação voltou à minha garganta.

“Que dia é hoje afinal?” Alice perguntou enquanto ela quebrava um pente no cabelo.

“Eu não tenho idéia.”

“Que estranho. Normalmente, eu sei quantos segundos se passaram, mas não tenho idéia quanto tempo nós estivemos aqui. Isso é realmente… incrível.” Ela sorriu maliciosamente. Novamente, uma onda de orgulho passou por mim. “Nós precisamos caçar, então, por isso deve ter sido mais de sete dias.” Ela se levantou e fez seu caminho até a porta.

Pulei na frente dela, bloqueando seu caminho, e a puxei em meus braços.

“Onde exatamente você está indo?”

“Conseguir roupas para caçar”, disse ela com exasperação. “Você não espera que eu vá caçar nua, não é?”

Eu levantei uma sobrancelha.

“Jasper Whitlock!”

A outra sobrancelha subiu.

“Você não pode estar falando sério.”

O lado direito da minha boca subiu.

“Você é homem mesmo,” ela bufou.

“Sim, senhora”.

Ela virou sua cabeça para o lado, e olhou para mim antes que ela saísse de foco. Durou apenas um momento, mas quando ela voltou, ela fez isso com um suspiro. “Oh!” Ela cobriu a boca, e me olhou com grandes olhos.

“Então – o que vamos fazer até a noite?” ela finalmente perguntou, tendo visto a inevitabilidade do meu plano.

Meu sotaque era longo e preguiçoso. “Bem, você mencionou alguma coisa sobre óleo de bebê…”

* * *

Compreendi números de um à quatro, mas depois disso eu estava totalmente perdido, sobre o que eu estava olhando. Não importa quanto tempo eu olhasse para o rolo de bambu, as figuras nele se recusavam a parecer os seres humanos que Alice disse que eles eram. Virei a coisa de lado, pensando que aquela figura parecia um pouco com um homem fazendo flexões dessa forma, mas nenhum dos diagramas formavam qualquer coisa que se parecesse com corpos, pelo menos não normais. Exceto o número trinta e sete. Eu podia ver o corpo, mas eu estava absolutamente certo que nem humano nem vampiro poderia fazer isso.

“Eu não vejo como isso funciona”, bufei. Eu odiava admitir a derrota.

Alice sorriu e estendeu o pergaminho. “Farei o número treze. Eu realmente quero tentar. Uma vez que ver ele acho que os outros vão entrar em foco para você.” Ela estava parada, no roupão que lhe cobria corpo ainda se secando. Seu cabelo ainda estava molhado do banho de espuma depois de nossa caçada.

Eu tinha me alimentado obedientemente, mas permaneci terrivelmente insatisfeito. A queimação, que normalmente ia embora após me alimentar de humanos, ainda permaneceu como um persistente lembrete do prazer que eu não tinha sentido. Alice prometeu compensar a falta de gosto em nossa refeição, então ela trouxe uma mala cheia de coisas que ela jurou que me fariam feliz.

Ela fez uma pausa e me olhou timidamente. Timidez incerta fluiu dela. Eu estava hipnotizado por suas mãos paradas, segurando o cinto de seu roupão fechado. Havia algo absolutamente fascinante sobre ela enquanto se despia para mim.

“Alice, não há razão para você ficar tímida, meu amor. Eu acabei de te ver derrubando um alce macho, o que mais há para ver?” Meu tom foi de brincadeira, mas o suspense estava me matando. Eu realmente queria vê-la remover aquele roupão.

“Bem,” ela disse com um beicinho brincalhão, “você não viu isso.” O roupão deslizou para o chão, e ela se posicionou na luz da manhã, vestida na coisa rendada mais delicada que eu já tinha visto. Senti meu corpo ficar tenso em lugares estranhos, e engoli seco. Eu não tinha idéia nem mesmo como isso ainda ficava preso nela, mas vendo seus traços tentadoramente escondidos por algo tão transparente quase me reduziu à uma poça.

“Alice, eu… hum… uau”.

“Você gostou?” ela ronronou. Seu sorriso era qualquer coisa menos inocente.

Tentei responder, mas tudo que consegui foi um murmúrio incompreensível. Como um homem de guerra, eu nunca tinha realmente apreciado a beleza mortal da renda, mas o material frágil era uma arma poderosa no corpo de Alice.

Ela se esquivou de mim, e contorceu seu corpo no chão, de tal forma a fazer o ar em meus pulmões escapar de uma vez enquanto o meu corpo se contraía espontaneamente.

“Você o vê agora? Este é o número treze.” Ela olhou para minha forma paralisada, e rindo balançou seu bumbum. Por apenas um momento, eu estava chocado demais para me mover, mas então ela piscou para mim com um sorriso maligno, e de repente eu estava em cima dela.

Terrível inimiga ou não, eu ficaria eternamente grato à Mai-Li.

17 de maio de 1948

Eu não tinha idéia do motivo, mas o dourado espelho deu à Alice uma alegria imensurável. Ela estava em pé diante dele, penteando seu cabelo, quando a visão bateu, e a senti se inundar com extrema felicidade antes de se virar para mim. Ela tinha feito isso várias vezes nos últimos dias, e estava se tornando irritante.

Ou talvez eu estava apenas irritado com o momento que aconteceu. Ou com a absoluta insignificância de sangue de animal.

“Desculpe,” ela disse quando notou minha cara. Eu não tinha escondido a minha indignação muito bem.

“O que você vê nisso?”

Ela suspirou e encolheu os ombros antes de responder. “É a família. Eu posso nos ver com eles.”

“E isso faz você feliz?”

“Isso me faz feliz porque nós estamos felizes lá.”

“Então, o espelho ajuda você a ver ofuturo?”

“Não”, ela riu. “Eu vejo o futuro distante nele, sim, e estamos com eles. Porém eu não preciso do espelho para fazer isso. Eu nos vejo com eles não importa qual futuro eu veja.”

Tentei manter a pontada de puro ciúme em controle. Ela tinha me contado dessa família, é claro, e nós tínhamos conversado sobre eles várias vezes. Um clã grande, tão próximos que eles eram uma família, que poderia nos proteger. Eles viviam longe da cidade, mas facilmente interagiam com os humanos na sua área. Eles viviam uma vida feliz e tranqüila. Apesar da freqüência que Alice tentava me dizer o quanto eles eram maravilhosos, eu não podia deixar de sentir raiva e ciúmes deles. Eu não estava pronto para compartilhar ainda. Eu tinha acabado de reivindicá-la para mim, e eu não tinha vontade de compartilhá-la com uma família – especialmente uma como a de Carlisle. A vontade dela, porém, era forte. Ela tinha obviamente vontade de estar com a família já por um longo tempo, e estava mais do que pronta para encontrá-los. Eu, no entanto, não queria nada mais do que correr para longe e amar Alice no delicioso lugar de explosões de cores e perfeita integridade que tínhamos criado para nós mesmos. Eu queria ser o suficiente para ela.

“Eles não vão se preocupar com o seu passado, Jasper. Eles não vão nos rejeitar,” disse ela enquanto vinha se sentar no meu colo no terceiro quarto que tínhamos destruído.

“Como você sabe disso, Alice? Seus ursinhos de pelúcia em Nova York terminaram quase nos destruindo. Eles foram seus amigos por 20 anos. Você lutou por eles. Ainda assim, eles se voltaram contra você e estavam dispostos em entregá-la para os Volturi. Como você sabe que esta sua família não fará exatamente a mesma coisa?”

“Eu tenho visto eles desde que eu era uma recém-nascida, Jasper. Eles não são como os outros vampiros, de jeito nenhum. Eles são como eu, e nosso destino é para estar com eles. Eu sei que estava errada sobre Nova York, mas não estou errada sobre isso. Eu sei disso.”

“Não posso deixar ninguém te machucar, Alice. Eu simplesmente não posso. Por favor, entenda isso.”

“Eles não irão nos machucar.” Ela aconchegou-se sob meu queixo, e eu a segurei apertado. “Eu não quero deixar este lugar,” ela murmurou.

“Nem eu. Nunca me senti tão feliz como me sinto aqui. Eu finalmente me senti vivo em seus braços, e não quero que isso mude. Temos que ir embora, de qualquer forma.” Ela tinha visto Ivan e Chi-Yang discutindo sobre vir atrás dela. Nenhum de nós poderia imaginar eles tentando nos atacar, mas o fato de que eles estavam mesmo considerando isso significava que o nosso tempo aqui tinha acabado. Nós dois odiávamos isso.

“Jasper, por favor.”

Tomei um longo suspiro para segurar o novo ataque de ciúmes. Como eu poderia compartilhar ela agora?

“Isto é realmente importante para você?” Ela assentiu, e eu a senti, oscilando entre esperança e ansiedade. Ela realmente desejava isso. Ela não me pediu nada – só que eu a amasse – e mesmo agora ela não tinha vindo direto me pedir para encontrar essa família. Ela só tinha me pedido que eu considerasse isso. Depois de tudo que ela tinha me dado, tudo pelo qual eu a tinha feito passar, como eu poderia negar isso à ela?

“Isto é o que você quer?” Eu esperava que ela dissesse que sim, para que eu pudesse lhe dar isso. Eu esperava que ela dissesse que não, para que eu pudesse mantê-la apenas como minha.

É claro que Alice sabia porque eu perguntei. “Do que você tem medo?”

“Tenho medo de te perder, porque não sei se posso ser bom o suficiente para mantê-la.” Que palavras existiam para explicar as complexas emoções que eu estava sentindo?

“Jasper, meu amor, eu sou sua eternamente. Não há possibilidade de deixá-lo”. Ela respirou fundo. “Eu me recuso a lhe causar dor. Eu só quero encontrá-los porque vejo eles nos trazendo segurança e paz, mas se você não quer encontrá-los, nós não o faremos. Vou sempre escolher você. Sempre”.

Mas sua tristeza desmentiu suas palavras, me dizendo exatamente o que esta escolha lhe custaria. Ela me amava o suficiente para perder a única coisa no mundo que ela queria. Ela iria escolher-me acima dos vampiros que eram como ela – vampiros tão bons que eles se amavam como uma família.

“Por quê?” Eu perguntei. Fechei meus olhos e tentei colocar em palavras o que eu mal entendia. “Por que você me chama de lindo? Por que você me escolheu? Por que você acha que posso ser bom como eles?”

Ela traçou as crescentes marcas do meu mal. “Força”. Ela se mudou para outra. “Lealdade”, e para outra, “Perseverança”, e para outra, “Paciência”, e para a minha mais recente, “Amor sacrificial. Essas não são as marcas de um homem malvado, meu amor. Elas são os sinais de um homem bom que resistiu ao mal ao seu redor. Você tem grandeza em si, Jasper, e acredito em você.” Seus olhos tinham uma intensidade que fez o dourado neles brilharem.

“E essa… família… vai me ver assim?”

“Eventualmente. Eles precisam de nós tanto quanto nós precisamos deles.”

Envolvi meus braços em torno dela, e respirei seu cheiro, como se toda a minha existência dependesse disso. Porque dependia. Então, soltei o fôlego, e agarrei-me em sua fé em mim.

“Então, é hora de encontrar os Cullens.”

01 de junho

Os olhos de Alice carregaram a sua tristeza com a minha reação. Ela realmente apreciou sua refeição de urso polar, mas eu não poderia realmente dizer a diferença. Mesmo esses grandes carnívoros eram difíceis de tomar, e me perguntei se algum dia eu realmente sentiria o gosto do sangue que estava agora bebendo. Tudo tinha gosto de nada. A ausência de alegre êxtase quando eu comia estava se tornando um fardo mais pesado do que eu podia suportar.

“Vai ficar melhor. Apenas leva tempo, Jasper,” Alice disse enquanto sorria para mim. A preocupação irradiando dela me disse, mais do que suas palavras, que ela também estava sem esperanças com a minha capacidade de me abster de sangue humano.

Caí de costas no chão molhado e tentei ignorar o vazio que tomava conta de mim.

“Eu sinto falta demais,” eu disse para o céu.

“Você precisa dar uma chance a si mesmo. Tem sido apenas quatro semanas. Quatro semanas sem sentir morte, Jasper. Isso tem que valer alguma coisa, e a queimação vai ficar melhor.”

“Não me importo muito com a queimação.” Comparado com os ferimentos de batalha constante, a queimação era bem menor, embora ela tinha seu efeito em mim. “Eu simplesmente não achei que sentiria tanta falta assim. A única alegria que eu senti por oitenta anos, o único alívio para a tortura de minha vida, vinha quando eu bebia. Sim, isso quase foi minha ruína… mas agora… é tudo no que eu posso pensar.”

“Nós vamos encontrá-los, e Carlisle pode ajudar. Eu vejo isso, Jasper. Sei que isso vai acontecer.”

Enquanto a mão dela traçava círculos em minhas costas, tentei evitar que o pavor que eu sentia chegasse à ela. A última coisa que eu queria agora era me encontrar com essa família perfeita. A última coisa que eu queria admitir era precisar da ajuda de um gentil vampiro.

Encontrar um clã que deseja estar escondido é quase impossível. Se não fosse pelas visões de Alice, nós nunca teríamos sequer uma chance. Quando saímos da cabina, em um carro tão cheio de pertences que ele continuava a raspar na áspera estrada enquanto nós sacolejávamos juntos, a família tinha estado em algum lugar branco. Nós podíamos apenas supor que era Canadá ou Alasca. Alice pensou que ela viu outros de nossa espécie com eles, nos vastos acres de neve derretida. Levaria um tempo, mas Alice acabaria por encontrá-los. Isso era certo como a morte, como dizem.

Apreciei cada dia de nossas viagens como mais um dia que eu tinha Alice apenas para mim. Cada visão, cada passo, nos levava mais perto do futuro que eu temia. Cada alimentação confirmava que eu nunca poderia ser o homem bom que Alice via. Eu não poderia ser um deles.

Eu sabia que estava vivendo em tempo limite.

28 de junho

Silenciosamente amaldiçoei os Cullens e sua constante necessidade de se moverem. Eles passaram somente uma semana ou pouco mais na terra coberta de neve, e então Alice os viu claramente caminhando por uma floresta temperada. Climas temperados significavam mais humanos, e mais humanos era uma tortura para mim.

Cruzei meus braços com força em meu peito e tentei conter o sentimento de vazio que me esmagava. Mesmo agora, eu podia sentir o leve tremor que vinha sempre quando Alice não estava. O ligeiro tremor não era inteiramente pela falta de sua presença. Sem ela, eu mal podia conter o mal dentro de mim. O monstro tinha sido negado por muito tempo, e a necessidade de sentir o sangue de humanos cresceu em mim tão fortemente que tive que lutar com meu corpo para impedí-lo de encontrar a minha presa. Fechei meus olhos, me amaldiçoei, e me segurei na esperança de seu retorno.

“Eles não estão aqui, mas estiveram,” Alice ria quando ela correu para mim. Ela pulou em meus instáveis braços, e eu apuxei para meu beijo. Sua presença curou minha dor enquanto sua felicidade curava minha mente. Sem ela aqui, eu estava perdido. Sem ela, eu tinha que lutar contra meu desejo de encontrar um humano, minuto por minuto de agonia. Era uma batalha perdida, e eu sabia disso, mas de alguma forma com ela em meus braços, eu ainda poderia me segurar ao fantasma de esperança.

Depois de um momento, eu notei um pacote muito rosa pendurado em seu braço.

“Alice?”

“Rochester tem as mais lindas lojas. Eu realmente preciso voltar lá. Não fique bravo, Jasper, este é um presente para você,” ela disse, respondendo ao meu rosnado.

“Não vou usar nada que saia de uma caixa cor-de-rosa”.

“Eu disse que é para você, não para você usar. É a minha própria pequena maneira de comemorar.” Seu sorriso era tímido de novo, e abençoei os humanos dos quais eu já não podia estar ao redor por criar a tentação de renda que eu esperava que estivesse naquela caixa.

“Eles estiveram aqui no início dos anos 1930, e foram embora depois de transformar Rosalie. Penso que podemos descartar a área ao redor de New York. Eles não trariam Rosalie de volta aqui tão cedo. Devemos fazer o nosso caminho para a Pensilvânia e olhar lá até outra visão vir. Adivinhe! Achei a licença médica de Carlisle, o registro do carro de Edward, e o atestado de óbito da Rosalie. Isso não é maravilhoso?”

“Quando eu posso ao abrí-lo?”

“Você ouviu uma palavra do que eu disse?”

“Sim, todas as setenta e quatro delas.” Mantive meus olhos na caixa. Ela estava balançando-a de um lado para outro, me provocando.

“Gah! Você é incorrigível,” ela riu. “Bem, podemos muito bem passar algum tempo nestas encantadoras florestas uma vez que será um dia ensolarado. Vamos ver…”

“Há uma clareira sombreada uma meia milha ao nosso leste. É cheia de encantadoras samambaias que precisam desesperadamente serem destruídas,” sugeri com o que eu esperava ser um sorriso sedutor.

“Samambaias?”

“Não esnobe até que você tente.” Agarrei a bolsa dela, rasgando as alças feitas de laço, e a abri para descobrir que não tinha nada dentro.

“Onde-”

“Procure em mim?” Ela encolheu os ombros, e com um sorriso, ela disparou em direção ao leste. “Pegue-me se puder”.

Voei atrás dela, determinado a explorar cada centímetro seu para encontrar aqueles fios de poderosa renda.

Passamos a noite dirigindo para as montanhas e florestas da Pensilvânia. Alice sabia o que procurar, mas nós simplesmente não sabíamos onde essas coisas seriam encontradas. A família tinha se mudado para uma área montanhosa coberta por uma floresta espessa e decídua. Ela tinha visto Esme e Carlisle supervisionando um lote de terra e discutindo projetos, aparentemente, Esme iria construir esta casa a partir do zero. Rosalie comentou sobre Emmett ir para a faculdade da cidade depois que seus anos de ensino médio tivessem acabado. Então, eles estavam perto de uma cidade que era grande o suficiente para abrigar uma faculdade ou universidade em algum lugar de clima úmido, mas temperado. Isso poderia ser em qualquer lugar.

Seguimos em direção ao sul de Rochester, para a cidade de Williamsport. Nosso modo normal de viagem era encontrar um bom lugar para eu esperar enquanto ela ia para a cidade. Então, nós dirigíamos ao longo de caminhos esburacados que eram praticamente intransponíveis, até que estivéssemos suficientemente ocultos na floresta para que nós pudéssemos seguramente caçar e que eu pudesse esperar.

Eu me sentia totalmente inútil.

Saímos do carro e começamos a nossa busca normal para o nada que eram nossas refeições. Embora Alice só precisasse caçar a cada sete dias ou mais, nós estávamos caçando de três em três até que eu me acostumasse com a dieta.Tinham se passado 47 dias desde que eu tinha sentido pela última vez a alegria do sangue humano, e a idéia de caçar sangue animal me revoltava ainda mais agora do que quando o experimentei pela primeira vez. Naquela época, eu tinha uma pequena esperança de que poderia me acostumar com a falta de gosto, a falta de êxtase. Agora eu sabia melhor. Agora eu sabia que nunca seria suficiente, e que eu nunca poderia ser como a Alice.

Meu desejo por sangue humano era tão forte que comecei a tremer logo depois que começamos nossa perseguição de uma manada. Seus corações batendo fortemente deveriam ter despertado os meus sentidos de caçador, mas eles só viraram meu estômago. O rebanho se dividiu, e Alice foi atrás dos filhotes, deixando os dois maiores para mim, mas mesmo enquanto os meus sentidos iam para o bote, minhas pernas diminuíram a velocidade.

Corri um pouco mais, mas depois parei enquanto o cervo escapava. Eu nem sequer os vi fugir; olhei para minhas mãos trêmulas e tentei suprimir o monstro que exigia uma pulsação de coração humano.

Eu podia suportar a queimação, e podia provar o sabor sem gosto, mas como um bêbado que precisava de sua bebida, eu não poderia seguir sem a sensação que o sangue humano me trazia. Eu precisei disso já por muito tempo. Eu existia para esse sentimento, apesar da dor que ela trazia, e eu não podia seguir sem ele.

Forcei minhas trêmulas pernas a correr enquanto eu tentava começar a caçar de novo, sabendo que Alice iria me encontrar. Eu não queria que ela me visse assim.

Mas no mesmo momento quando tentei me focar o cheiro de veado, um outro sentido me alertou da presença de humanos. À frente e à direita, tão longe que era verdadeiramente além da minha capacidade normal, alguém estava sentindo medo. O monstro rugiu em mim, e minha mente focou agora apenas na minha vítima.

Corri em direção ao medo, com nada mais do que instinto me guiando. O monstro gloriava em doce antecipação do que o esperava.Tudo que sabia era que eu estava, finalmente, preenchendo o vazio que me consumia. Então, senti o aroma inconfundível de sangue. A besta me consumiu totalmente, de modo que tudo que eu podia fazer era pensar no sangue da minha presa. Agora eu podia ouví-los, e então três figuras estavam diante de mim. Tudo o que eu sabia era o deleite enquanto minha visão ficava rubra. A maior figura se levantou e tentou me bloquear, então, eu arranquei-o do chão, o quebrei por cima do meu joelho e bebi dele. O cheiro de sangue era forte no ar, e em meio à dor do medo e da morte, eu deixei cair o corpo e me virei para os menores, rugindo em vitória.

Algo me agarrou por trás, puxando-me do meu desejo. Fúria e a necessidade de matar ferviam dentro de mim enquanto eu me virava para destruir o invasor. Eu agarrei nos braços, abaixando e girando sob eles. O outro estava gritando palavras inúteis para mim, mas eu não me importei. Nada iria me impedir de meu sangue humano.

Torci os braços do outro violentamente por trás, e o segurei firme com minha mão esquerda, enquanto a minha direita agarrava em volta de seu pescoço. Eu podia sentir o medo emanar do outro, e novamente me alegrei em minha vitória. Mas havia algo mais, também. Algo que estava errado e que não pertencia aqui. No momento no qual comecei a puxar a cabeça, o amor atingiu o homem debaixo do monstro, e o grito de dor de Alice me trouxe à mim mesmo.

Eu a rodei para me encarar, apavorado com o que eu tinha feito.

Seus olhos estavam arregalados enquanto suas mãos se estenderam para tocar o meu rosto. “Eles são crianças, Jasper. Eles são apenas crianças,” ela disse entre soluços.

Olhei para duas jovens crianças que estavam gritando e se escondendo atrás de uma árvore. Uma criança tinha caído e estava coberta de sangrentos arranhões. Por aquele sangue, eu tinha matado seu pai na sua frente.

Pelo gosto do sangue humano, eu quase tinha matado minha companheira.

O monstro tinha ganhado.

Eu rugi, deixando todo o ódio e mal saírem, e corri às cegas pela floresta até chegar em um bloqueado buraco fétido, no lado da montanha. Mergulhei e nadei pela negra água da mina até que cheguei ao seu fim. Meus pulmões desnecessariamente respiraram o espesso e venenoso ar, e ouvi ásperos gritos ecoarem através do silêncio sepulcral. Levou um momento para eu perceber que os gritos eram meus, e os nós ásperos na minha respiração eram soluços. Eu me inclinei pesadamente contra a parede lamacenta e começou a bater contra ela, sem me preocupar com a sujeira. Este buraco negro era um lugar propício para mim. Aqui pelo menos, eu não poderia machucar ninguém.

Eu senti Alice ao mesmo tempo em que a ouvi. Sua tristeza e dor eram palpáveis, mesmo à distância, e eu me odiei ainda mais.

Que reviravolta ridícula do destino a tinha obrigado em estar ligada à mim?

“Sei que você não vai acreditar em mim, mas isso é culpa minha também.”

Eu me virei para a parede, me afastando de sua mão estendida. Senti sua dor, mas eu não agüentava o seu toque agora. Eu não merecia ele. Eu nunca o mereceria.

“Jasper, meu amor, eu exigi demais. Eu sinto muito. Deixei o meu sonho esconder o fato de que você estava com dor, e eu deveria ter sabido melhor. Sei que você odeia a si mesmo, mas você precisa saber que isto é culpa minha também. Eu sou tão culpada por-”.

“Pare com isso!”

“Mas é a verdade. Não importa se você acredita nela ou não, a culpa é minha.”

“Não, não é. Pare de ser condescendente comigo, Alice. Apenas, pare.” Eu a senti se aproximar, e me afundei na imundície miserável que estava em meus joelhos.

“Eu pensei que desde que você teve tantos anos para praticar controle, que você já seria capaz de mudar para animais, mas eu estava errada. Assumi algo que não deveria. Pare de se culpar pela morte dele. Você fez o que um vampiro faria, nada mais. Você passou 47 dias sem provar sangue humano, e não sei de nenhum outro que tenha tentado isso. Eu não estou brava com você.”

Sua mão tocou meu ombro, e desde que não podia mais me afastar, eu suportei seu toque. Eu não merecia o amor que ela me enviou, ele só fez eu me sentir mais como a coisa ruim que eu era. Sentamos durante horas em imóvel silêncio enquanto eu trabalhava com a minha raiva. Sua mão se moveu lentamente para as minhas costas, e ela deslizou para mais perto em minúsculos movimentos até que estivesse ao meu lado. Eu podia ouvir apenas a água gotejando em torno de nós, como lágrimas caindo na terra.

“Fale alguma coisa,” ela finalmente implorouem um sussurro suplicante.

“Eu nunca machuquei uma criança. Nunca”.

“Elas sobreviveram, Jasper. Eu disse à eles e à mãe deles que um urso atacou. Quando eles encontrem o corpo, parecerá com um ataque de animal.”

“Eu matei seu pai na frente delas. Eu sei o dano que fiz para elas, Alice, eu o senti.” Eu movi meu braço na escuridão total. “Essa escuridão é o que está dentro de mim. Você não entende? Esta caverna sou eu; fria, negra e suja. A única coisa boa na minha vida é você, e você não merece ser poluída por mim. Não importa o quanto eu tente, eu não posso ser o homem que você vê em mim. Eu não posso.”

“Eu não acredito em você, Jasper Whitlock. Simplesmente me recuso. Eu sinto a força dentro de você. O homem em você é mais forte do que você lhe dá crédito. Isso pode demorar um longo tempo, mas você vai superar o monstro e se tornar o homem que você deseja ser. Eu previ isso.”

Eu ouvi o sorriso em sua voz, tão fora do lugar naescuridão negra, e detestei isso.

“Como você pode dizer isso? Como você se atreve a dizer isso?! Eu quase te matei!” Minha voz gritava a minha raiva. Ela não tinha direito de ter fé em mim.

“Mas você não matou.”

“Eu queria!” Eu a agarrei pelos ombros, querendo que ela entendesse. “Depois de tudo que passamos, estamos de volta ao começo. Eu estou de volta ao começo. Eu ainda sou o monstro.” Minha voz acabou num fraco vacilar.

“Isso não é sobre a sede é?” ela perguntou, ignorando o meu desabafo.

Ela estava se recusando a acreditar em mim, e eu queria sacudí-la. Queria empurrá-la para longe, mas eu precisava segurá-la. Fechei os meus olhos, a segurei em meus braços, e senti o seu amor e confiança derramarem através de meu despedaçado e silencioso coração.

“Você já viu um homem bêbado, sem sua bebida?” Finalmente perguntei. Senti seu assentimento. “Eu sou como um deles. Eu sou o alcoólatra que precisa de sua bebida.”

“Mas não por causa da sede,” ela disse como fato.

Respirei fundo e tentei evitar de gritar em frustração para ela.

“Você não vai parar, vai?”

“Não. Nunca”.

“Sim, é a sede, mas não a queimação,” Eu disse enquanto cedia. Eu não conseguia parar seu otimismo infernal mais do que poderia parar o sol de nascer. “Alimentar dos humanos me causou tanta dor que eu nem mesmo sabia o quanto realmente gostava daquilo. Depois que parei de comer-los, percebi que eu precisava da alegria do sangue. Realmente não sei como explicar, mas a única coisa que me trazia alguma felicidade em absoluto era aquele incrível êxtase que sentimos quando matamos. Depois de tantos anos, eu preciso da sensação de incrível alívio para minha mente mais do que para minha garganta. Eu não sou forte o suficiente para te proteger, e não sou forte o suficiente para ser como você. Então, você entende, não sou o forte que você acha que sou.” Meus olhos ainda estavam fechados, e me agarrei em Alice com toda minha força.

“Você está certo, eu estava errada”, disse ela calmamente, e meu peito se apertou com suas palavras. “Eu estava errada em pensar que poderia te ensinar. Eu sou aquele que é fraco demais, Jasper. Mas Carlisle pode ajudar.”

Deixei escapar um alto gemido. “A última coisa da qual preciso é ser ensinado por um vampiro que usa sapato mocassim!” Eu já me sentia totalmente indigno dela, e agora ela estava me dizendo que eu era mais fraco do que ele.

“Você pensa em força apenas em termos de luta e vitória. E se a força também é medida em termos de verdade? E se ela é medida emamor ou bondade? E se talvez, apenas talvez, a força se trata de sacrificar o que você quer, para que você possa viver de acordo com o que é certo?”

“E se eu não sou forte dessa forma? E se eu não posso? Eles não vão me aceitar, Alice. Eles irão te amar, mas eu nunca serei umdeles.”

“Você está errado, mas vou deixar você mesmo aprender isso. Carlisle tem passado quase 300 anos sem matar ninguém. Ele só mordeu quatro humanos. Os quatro que compõem a sua família. De alguma forma, ele lhes ensinou a negar essa sede, e ao fazer isso, eles aprenderam a amar uns aos outros. Eles são uma família, Jasper. Eles são nossa família, e eles estão esperando por nós. Eles apenas não sabem disso ainda.” Senti o seu sorriso enquanto sua cabeça repousava contra o meu peito.

“Você ainda acredita em mim,” eu disse, incrédulo com o absurdo disso.

“Sim. Você passou 47 dias desta vez, vamos ver se você pode fazer 48 da próxima vez. Vou ajudá-lo a encontrar humanos, e vou vigiar com mais cuidado a fim de que não tenhamos um outro acidente. Do que mais você precisa? “

“Eu preciso que você não me deixe. Não quero ficar sozinho. Me deixar para trás dói e faz com que a sede piore.”

“Então você virá comigo para as cidades, e vamos esperar até que você esteja melhor controlado para buscar pelas grandes. E nesse momento? Você acha que pode entrar com segurança em Williamsport?”

Estremeci e respondi honestamente: “Não, ainda não.”

Eu a senti amolecer contra mim por um momento. “Essas minas são consideradas perigosas demais para trabalhar, mas as mais a oeste estão abertas. Vou te mostrar você onde você pode encontrar um mineiro. Então, vamos nos limpar e ir para a cidade.”

“Obrigado.” Isso não era nem de pertosuficiente, mas era tudo que eu poderia dizer.

01 de setembro

Mesmo no final da tarde, o calor do verão se levantava da estrada em grossas ondas. Nós estávamos perto da cidade agora, e fazendas foram dando lugar para conjuntos de casas. Eu podia sentir os humanos em minha volta, mas nada se movia nesse calor. O final da tarde na Carolina do Sul era tão tranqüilo quanto a meia-noite em outros lugares. Para o meu corpo, isso se sentia bem..

Alice e eu continuávamos nas longas sombras que cobriam a estrada, mas como uma precaução, ambos usávamos chapéus. Para qualquer olho humano que pudesse aparecer no calor, nós parecíamos ser um jovem casal perfeito. Demos as mãos enquanto caminhávamos, e a bolsa de Alice balançava ao lado do seu vestido com estampa floral, e ela me olhava com olhos de adoração, assim como quaisquer outros amantes poderiam. Ela me adorava, e por isso eu ainda estava atônito.

Por mais que possamos parecer normais sob os nossos grandes chapéus, nada da nossa aparência era real exceto a adoração de Alice. Meus olhos estavam laranja aqui. Tinham sido 15 dias desde a última vez que me alimentei de humanos, mas mesmo com sangue recente em mim, eu apenas ainda estava fracamente sob controle. Na verdade, meu último humano foi outro acidente, provando que o meu autocontrole era tênue na melhor das hipóteses. Alice segurava minha mão por razões de segurança e para oferecer uma medida de apoio.

Passei 50 dias depois do meu rebuliço na Pensilvânia antes que eu tivesse que comer outro humano. Nesse então, estávamos no nosso destino sul de Charleston. A cidade portuária era maravilhosamente cheia de solitários e bêbados, que faziam a minha dieta humana.

Os homens que eu tinha surpreendido no lugar de pesca sete dias depois foram inteiramente acidentais.

“Essas florestas não parecem muito bem”, ela pensou enquanto caminhávamos.

“O que está faltando?”

Ela deu uma risadinha. “Acredite ou não, samambaias. Há mais vegetação na floresta em que a família está.”

“Samambaias, hein? Bem, pelo menos isso é algo para o qual ansiar.” Ela bufou.

“Você está indo bem.” Era uma afirmação ao invés de uma pergunta, que me deu um pouco mais de confiança. Eu não tinha ido perto de uma cidade nos últimos quinze dias. Alice saia do meu lado para explorar os lugares apenas com minha insistência, e somente em viagens rápidas. Eu gastava meu tempo sozinho nas montanhas ao redor de Greenville e Anderson explorando as inúmeras grutas e encontrando fragmentos de pedras preciosas. Eu tinha em mente um presente para Alice, mas me recusei a pensar muito nisso. Tanto quanto possível, se fosse possível, eu queria que fosse uma surpresa.

“É mais fácil estar perto de pessoas se eu comer pouco tempo antes. Eu não acho que eu posso ir muito mais do que 20 dias em uma cidade grande, mas se ficarmos nas cidades menores, do outro lado dos Apalaches, então eu devo ser capaz de ir um pouco mais.” Um carro passou, e eu me preparei. No entanto, não foi tão ruim quanto pensei que seria.

Um casal idoso estava em seu alpendre enquanto passávamos caminhando por sua casa em ruínas. Assisti em diversão enquanto ambos inalavam de cachimbos feitos à mão e sopravam anéis de fumaça com incrível precisão. Mais uma vez, a fraca atração do sangue deles estava presente, mas nada que eu não pudesse suportar. Acenei para eles, e eles acenaram em uníssono em resposta. Eu esperava que fosse um sinal de progresso, mas não tinha certeza.

“O outro lado,” ela murmurou, e a senti saindo por um momento. “Esta área apenas não parece certa.” Seu suspiro suave mostrou sua frustração.

“Tem passado apenas quatro meses, e ainda temos a maior parte dos Estados Unidos para procurar. Não fique frustrada, Alice.” Eu não poderia estar mais feliz que nós não parecíamos perto de encontrar o ilusório clã Cullen.

“Eu só espero que não sejam outro 28 anos,” ela disse tristemente. Ela realmente sentia falta da família que ela nunca conheceu, o que sempre me parecia estranho.

“Nós temo a eternidade, amor,” Eu a lembrei com um beijo suave. No entanto, as palavras estavam longe de ser reconfortantem para mim. Nós não tínhamos a eternidade. Desviei o olhar enquanto eu pensava nas duas verdades dolorosas que assombravam minha existência: Eu não era homem o suficiente para proteger Alice e fornecer o que ela precisava, e por isso eu não poderia mantê-la apenas para mim. Meu tempo com Alice era limitado.

“Não se preocupe, não vamos ficar muito tempo. Se você tiver qualquer problema podemos correr de volta para o carro. Apenas quero ver os registros do tribunal e depois vamos embora.” Ela entendeu mal o meu silêncio. Eu simplesmente assenti com a cabeça e não tentei explicar.

02 de novembro

As folhas de outono estavam agora no seu auge, e uma rajada de vento as sopraram ao nosso redor em uma dança selvagem de cor. Voltamos para nosso carro escondido com os braços cheios de roupa para mim. Era bom fazer compras com a Alice de novo. Meus olhos laranja passaram para castanho claro aqui, e no meio das tempestades do outono, nós explorávamos a cidade livremente.

Nashville era inteiramente no lugar errado, mas ele estava no caminho das montanhas dos Apalaches do sul até as florestas deciduas de Michigan e Wisconsin. E ele era um bom lugar para fazer compras. Alice realmente precisava fazer compras.

“Eu te disse que dançar era muito divertido,” ela disse enquanto um sorriso presunçoso brincava em seus lábios.

“Humpf”.

“Vamos lá, Jasper, admita. Você gostou. E você está melhorando em ficar rodeado por humanos.”

“Isso foi… mais fácil. Pelo menos eles tinham o tipo de dança que eu sei como dançar.” Joguei os pacotes no porta-malas já transbordando e comecei a mover as coisas para encaixá-los. Minha mão encontrou um pequeno embrulho com um cheiro estranho, então eu o abri. Havia algo de muito rendando nele e folhas mortas. Eu olhei curiosamente para Alice.

Ela sorriu para ele de uma forma estranhamente gentil, e pegou a caixa para me mostrar o conteúdo. “Esta é uma liga.” Ela ergueu a bonita e frágil renda. “É do casamento de Emily, como são as flores prensadas também. Eu as peguei como uma forma de me lembrar dela.” Ela delicadamente pegou as achatadas flores. “E estas são as identidades que eu fiz para nós.” Ela me entregou dois conjuntos de documentos e sorriu.

A primeira continha meu nome. Uma certidão de nascimento, diploma e um outro conjunto de documentos que não consegui identificar.

“Essas são transcrições. Se você tem um conjunto completo de documentos, você pode realmente fazer o que quiser sem ser detectado. Eu aprendi a forjá-los em Chicago. Eles são muito úteis se você quiser ser humano.”

“É assim que você viveu entre os humanos por tanto tempo?”

“Sim. Eu tenho que mudá-los a cada oito a dez anos, porque nós não envelhecemos, e eu mudo os nomes frequentemente. A única coisa que não tenho ainda é um número de seguro social, mas eu quero conseguir isso legalmente – mais ou menos”.

“Por que você precisa dele?”

“Para pagar impostos.”

“Você tem que estar brincando comigo.”

“Eu tenho um monte de dinheiro, Jasper, e ogoverno gosta de mim por causa disso. Meus advogados pagam os impostos, mas vou precisar de um número de seguro social em breve. Fiz estes para você de forma que quando encontramos a família, você estará pronto para começar sua vida humana. “

Eu mexi os papéis e encontrei novo conjunto de Alice. O nome Alice Whitlock estava claramente impresso na parte superior. Um estranho nó encheu minha garganta, impossibilitando a conversa.

“Você me deixou esperando um longo tempo,” ela sussurrou com um sorriso.

Cuidadosamente coloquei os documentos e peças delicadas de volta na caixa antes de agarrar Alice.

“É uma boa coisa que você comprou roupas novas, Alice Whitlock. Porque eu pretendo arruinar essas.”

Eu iria compensar todos aqueles anos hoje. Eu iria amá-la até que nós dois estivéssemos deitados em êxtase. Eu iria deixar em farelos o que ela estava vestindo.

06 de dezembro

Havia alguma coisa muito satisfatória sobre andar escondido na cidade de Vasily debaixo do seu nariz. Chicago era grande o suficiente para que pudéssemos ficar longe deles de qualquer maneira, mas era preocupante, no entanto. Folheei as pilhas de papéis, aprendendo as diferenças sutis entre os vários documentos enquanto eu analisava. Alice estava certa, nós poderíamos facilmente nos tornar “humanos”, com a documentação certa. O lado legal da humanidade me fascinou.

“Por que cada estado faz isso diferente?” Perguntei enquanto eu fechava outro armário de documentos. O aroma sutil de humanos saiu da nova gaveta que abri, mas eu estava abastecido de sangue humano e isso não teve nenhum poder sobre mim.

“Não sei, mas faz forjar eles mais difícil.” Alice disse sem olhar para mim. Isso se tornou o nosso hábito. Eu comeria um humano antes de entrar em cidades, e cobriria o vermelho com o sangue dos animais até que meus olhos fossem um laranja estranho. Então, nós procuraríamos os registros da cidade por qualquer vestígio da família. Se eu comesse antes de entrar em uma cidade, haveria menos chance de um acidente. Eu estava ficando melhor. Meu recorde atual era de 53 dias, mas não havia nenhuma maneira que eu arriscaria ficar com sede ou até mesmo um pouco fraco nesta cidade. Eu vim aqui como um vampiro de olhos vermelhos.

Poeira com cheiro de mofo se evantou enquanto eu folheava os registros de 1932. Fiquei impressionado com os nomes e as datas na minha frente, tantas informações que poderiam ser facilmente falsificadas. Alice disse que o guarda não estaria aqui até quase três da manhã. Era mais do que tempo suficiente para buscar o nome de Carlisle.

Ouvi Alice sibilar, e fui imediatamente ao seu lado para ver um atestado de óbito assinado na inequivocamente perfeita letra de Carlisle.

“Ele esteve aqui em 1917″, disse ela enquanto acariciava o papel.

Começamos a passar pelos registros de nascimento e morte, encontrando vários outros atestados de óbito até 1918, quando o número de certificados começou a subir dramaticamente. As palavras epidemia e praga começaram ao aparecer com uma regularidade impressionante.

Um registro chamou minha atenção. Era exatamente como os outros com a assinatura de Carlisle, exceto que sua mão tremeu quando ele assinou esse atestado de morte. Alice parou e olhou para a fina folha em minha mão, e engasgou. Mãos de vampiro não tremem a menos que ele esteja chateado. Muito chateado. Na minha mão estava a certidão de óbito de Elizabeth Masen.

“Eu me pergunto o que o deixou chateado,” ela se perguntou em voz baixa.

“Você quer isso?”

“Não, ele pertence aqui. Deixe-o.”

Eu recoloquei o documento com um sentimento de pavor. Estávamos mais perto do que nunca da família.

* * *

“Se você me der mais uma coisa para carregar, todomundo vai saber que eu não sou humano”, eu sibilei enquanto nós passávamos pela calçada movimentada do centro. Eu tive que mover uma caixa redonda para conseguir ver.

“Foi você quem insistiu que levássemos presentes para eles,” Alice cantarolou ao meu lado, feliz como cachorrinho de madame.

“Você sempre leva presentes quando você entra no território de um clã estabelecido. Normalmente, é um lanchinho.”

“Eu realmente não quero ter um alce ou um lobo no meu carro. Além disso, esses serão muito melhor. Emmett e Edward vão amá-los.” Comprar presentes fazia ela tão feliz.

“Estes parecem meio normais para você. Você não costuma exagerar nos presentes?”

“Eles já têm tudo que precisam, Jasper. Confie em mim, esses presentes irão fazer a todos muito felizes. Rosalie e Esme vão adorar as bolsas que tenho, e essas roupas serão perfeitas para elas. Edward ama música, e essas gravações antigas e partituras de jazz raras irão fazê-lo feliz. Você não tem idéia de como Emmett ficará eufórico ganhando este jogo de poker feito à mão. Ele adora poker, mas ele não consegue jogar muito. Ele ficará muito feliz que você gosta de poker também. “

“Por que ele apenas não joga com o Eddie?” Eu perguntei, curioso. Alice olhou para mim com um olhar indecifrável no rosto. “O quê?”

“Hmm… Primeiro, não o chame de Eddie. Ele poderia tentar tirar sua cabeça.” Ela fez uma pausa e olhou para mim, e então seu rosto ficou branco por um momento. Quando ela voltou, um sentimento breve, mas forte de preocupação a preencheu. Ela apenas sorriu rapidamente e começou a andar.

“Oh não, você não vai não,” eu sibilei.

“Não vou o quê?”

“Pare com isso. Você sabe muito bem o que.”

“É realmente nada Jasper,” disse ela, começando a andar novamente.

Deixei as caixas e mantive minha posição. Não havia nenhuma maneira que eu ia permitir ela deixar isso de lado.

“Diga-me o que você viu.”

“Jasper, realmente não era nada. De verdade.”

Ela estava mentindo. Eu sabia, mas não tinha certeza de como fazer com que ela contasse a verdade. Eu odiava quando ela fazia isso. Cruzei os braços e fiquei parado como uma pedra.

“Certo,” ela bufou. “Emmett não joga com Edward porque ele trapaceia. Feliz?”

“E?”

“É só isso – Ele trapaceia e você não vai gostar disso. Eu também vi que precisamos encontrá-los quando os meninos estiverem fora. Isso é tudo, Jasper. Vai ser melhor se nós nos encontramos com Carlisle primeiro, porque os meninos vão ser excessivamente protetores. “.

“Isso é tudo? Você não está escondendo nada?”

“Não,” ela disse, mas a pausa foi um pouco longa demais.

“Então, Emmett gosta de jogar, e Eddie é um maricas trapaceiro?”

Ela revirou os olhos para mim. “É melhor que você não se comporte assim quando nós os encontrarmos.”

“Não se preocupe, irei me comportar,” eu disse enquanto pegava as caixas de novo e fazíamos nosso caminho para fora da cidade. Agora eu estava muito curioso sobre estes irmãos, especialmente Eddie.

25 de dezembro

“Você estava certo, Jasper, isso é incrível,” Alice disse enquanto seu corpo suave inclinava-se contra mim. “É o lugar perfeito para passar o Natal.”

Todo o céu da noite estava claramente espalhado sobre nós, e era como se estivéssemos deitado entre as estrelas.

“Eu queria trazer você aqui desde que escalei pela primeira vez a montanha Gibraltar. Você é tão incrivelmente linda sob o céu noturno”, eu disse enquanto acariciava sua cabeça. Nada, nenhuma coisa, poderia se comparar à beleza de Alice com a luz das estrelas brilhando sobre sua perfeita pele.

“Você está pronto para o seu presente?” ela perguntou. Eu podia sentir a antecipação infantil crescendo nela. Eu ri com ela, minha alegre companheira.

“Sim”.

Cada um de nós esticamos ao nosso lado, e pegamos os nossos presentes embrulhados para o outro. O meu, é claro, era menor, mas esperava que ela fosse gostar. Senti ela se afastando de mim e eu cutuquei sua lateral.

“Não se atreva. Você prometeu,” eu rosnei.Eu tinha quase certeza que ela já tinha visto, mas ela disse que iria pelo menos tenta não olhar.

Ela suspirou, me entregou o meu presente, e estendeu suas mãos para pegar a pequena caixa embrulhada. O presente era suficientemente pequeno para caber nela.

Ela sorriu timidamente para mim. “Você primeiro,” ela disse com um leve tremor em sua voz. Ela já tinha me visto abrí-lo, mas ela ainda queria que eu fosse o primeiro. Típico de Alice.

Eu ri novamente e abri a caixa. Dentro havia um novo chapéu de couro preto. Estava feito no estilo cowboy, com uma aba larga, como eu gostava. Eu sorri e o coloquei. Ele se encaixava perfeitamente, e Alice esguelou de prazer.

“Você gostou?”

“Eu adorei! Realmente, ele é perfeito, Alice,” eu disse enquanto a beijava. Foi. “Como ele fica?”

“Fica melhor do que pensei,” ela disse com uma inclinação de cabeça. “É claro, ele fica realmente bem em você nu”. Seu sorriso era positivamente travesso.

“Agora você,” eu disse enquanto minha própria expectativa crescia.

Alice lentamente tirou o papel de embrulho, e logo revelou a pequena caixa de carvalho. Seu suspiro me disse que ela não tinha previsto isso completamente, e fiquei imensamente grato. Sua aversão à surpresas estava se tornando incômoda.

“Oh, Jasper”.

“Você gosta dela? É para os nossos anéis. Não gosto de deixá-los em rochas,” expliquei enquanto ela segurava a caixa como se fosse desmoronar sob seu toque.

“Ah, Jasper… é… é perfeito.” Se ela fosse humana, ela teria chorado. Olhei a caixa e, em seguida para seu rosto, e senti o orgulho de meu trabalho crescer em mim.

Era uma pequena caixa de jóia que eu tinha esculpido a partir de raízes de uma árvore de carvalho caída. A madeira era o cenário perfeito para a entalhação do lado de fora. Na tampa e laterais eu tinha esculpido uma réplica tão perfeita do céu noturno quanto poderia. Eu tinha colocado pequeninas pedras que eu tinha recolhido a partir de nossas viagens para as minas. A madeira arredondada apresentava beleza cintilante delas.

“É a minha promessa, meu voto. Enquanto as estrelas brilharem, amada, pelo tempo que elas brilharem.” Minha voz tranqüila estava áspera.

Sua respiração engasgou, e acelerou enquanto ela lentamente se aproximava e pegava o nosso anéis da pedra em que estavam. Seus olhos nunca deixaram os nossos anéis enquanto ela cuidadosamente os colocava dentro da caixa e fechava a tampa. Com lentidão deliberada, ela colocou a caixa de volta na pedra, e então ela estava instantaneamente em mim, cobrindo meu corpo com famintos beijos. As luzes de Natal eram nada em comparação com as luzes que vimos naquela colina.

Nota da Autora: Realmente sinto muito por não chegar nos Cullens ainda, mas eles chegam no próximo capítulo. Além disso, eu precisava demonstrar o crescimento desses dois como um casal e o conflito dentro de Jasper.

Quando li a saga Twilight pela primeira vez, o personagem de Jasper me antingiu como sendo muito complexo. Eu queria mostrar o porque e como ele se tornou tão “fraco” quando o assunto era humanos, e porque ele parecia separado da famíia. Espero que este capítulo e o próximo expliquem claramente as duas partes de seu personagem.

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