domingo, outubro 10, 2010

Jovens Corações - Capítulo 05

“Oi!” Eu disse enquanto entrava na casa dos meus tios.
“Como você está se sentindo?” Tia Rosalie perguntou enquanto olhava para mim desde o sofá. Ela está apertada ao lado do meu tio, assistindo um filme.
Perfeita.” Eu respondi. “Onde está Alyssa?”
“Tomando banho.” Ambos responderam ao mesmo tempo.
“Estarei em seu quarto esperando por ela.”
Eles não me responderam, então eu corri para o quarto. Sentei em sua mesa, rabiscando na capa de seu caderno. Já estava cheio dos rabiscos dela pelas aulas tediosas.
“Ness!” Ela deu um gritinho atrás de mim.
Virei em minha cadeira para sorrir para ela. “Eu preciso falar com você.”
“Sim,” ela assentiu com força. “Definitivamente você precisa.”
“Você sabe de alguma coisa?” Eu perguntei. Ela balançou a cabeça e sentou em sua cama.
“Okay, bem… Eu não sei como falar isso de outra forma, então vou apenas falar de uma vez…” Respirei profundamente algumas vez. “Eu estou…”
“Fala sério!” Ela gritou estridente, pulando em pé e batendo palmas.
“Grávida.” Eu ri, terminando a frase, mesmo que eu não precisasse. Ela adivinhou.
“Não posso acreditar nisso! Que emocionante!” Ela caiu de joelhos na minha frente e fez cócegas em meu estômago.
“Oi, aí dentro! Eu sou sua tia Alyssa! Ai, eu estou tão ansiosa por você!”
“Lyss, o bebê não pode te ouvir.”
“Eu sei, mas é o pensamento que vale. O que será?” Ela perguntou, tocando seu queixo com o dedo indicador. “Hmm… um lobo? Mas na maioria humano … possivelmente parte vampiro…”
“Doutor, piloto de avião, motorista de carro de corrida, advogado…” Eu continuei e Alyssa riu para mim.
“Ok, ok, não importa o que o bebê é, saquei.”
“Certo.” Eu assenti.
“Por que você não me contou antes?”
Dei de ombros. “Não sei. Acho que meus pais e Jacob me tinham tão distraída que eu não conseguia pensar direito.”
Ela assentiu, seu rosto pensativo. “Posso entender isso.”
Sorri para ela.
“Temos que ir fazer compras de bebê!”
“Nós nem sabemos o sexo do bebê.”
“Sério?”
Eu concordei.
Ela fez bico e deu de ombros. “Suponho que seria muito cedo para descobrir.”
“Não iremos descobrir.”
“Oh,” ela disse estridente. “Você quer que seja surpresa!”
“Não necessariamente…” Vi seu rosto animado se tornar confuso. “Não podemos ver o bebê.”
“Ahn?”
Eu dei um sorrisinho. “É uma longa história, mas ele está protegido como eu estava. Meus pais não sabiam que eu era uma menina até que eu nasci. Ele não conseguiam me ver atrávés da protetora… capa.”
“Isso é… interessante.”
“Sim,” eu suspirei.
“Como está Jacob?”
“Assustado, animado, aterrorizado, eufórico…”
Alyssa riu enquanto assentia. “Esse é o Jacob. O que você vai fazer a respeito da escola?’
“O que você quer dizer? Eu ainda irei.”
“Você acha que porque está grávida Luke te deixará em paz?”
“Luke,” eu arfei e minha mão automaticamente foi para o meu estômago, protegendo me bebê.
“Me desculpe,” Alyssa se moveu desconfortavelmente e deu tapinhas em minha mão. “Eu não queria te assustar. Se você está com medo tenho certeza que podemos falar com tio Edward e Jacob. Eles pensarão em algo.”
“Não, não,” eu disse rapidamente. “Eu posso lidar com ele sozinha.”
Ela me encarou com uma expressão preocupada em seus olhos.
“Você está grávida, Ness. Você não pode ir e te colocar em perigo.”
“Luke não é perigoso. Ele é humano. Ele não é perigo para mim ou para meu bebê.”
“Aposto que Jacob e seus pais pensariam diferente.”
“Não vá começar algo, Lyss. Eu cuidarei disso.”
Ela deu de ombros.
“Estou falando sério!”
“Não estou prometendo nada.”
“Tudo bem.”
“Tudo bem.”
“Oh, esse é um momento emocionante! Não fique triste.”
Gemi e passei as mãos por minhas bochechas para secar minhas lágrimas. “Desculpe,” eu murmurei.
“Hormônios.” Ela constatou.
“Acho que sim.”
“Você está bem?” Tia Rosalie perguntou desde a porta. Claro que ela ouviria que eu estava chorando. “Você está com dor?”
Balancei minha cabeça. “Estou bem. Nada de dor.”
“Estamos indo para a casa de Carlisle e Esme, você estão vindo?”
Assentimos ao mesmo tempo.
Levantei-me e andei na direção da porta. Tia Rosalie me abraçou apertado antes de me soltar para descer as escadas.
Jacob soltou um suspiro de alívio no momento que entrei na casa de meus avós. Ele cruzou a sala e envolveu seus braços ao meu redor. “Vocês dois se foram por muito tempo.” Ele sussurrou em meu ouvido.
“Dois?” Eu perguntei, sorrindo para ele. Ele abaixou ambas suas mãos para meu estômago.
Novas lágrimas saíram e derramaram por todo lado.
“Desculpe.” Seus olhos se arregalaram quando ele percebeu. Ele levantou uma mão e secou minhas lágrimas.
“Não, está tudo bem. Eu estou bem. Apenas muito feliz.”
Ele sorriu e se inclinou para me beijar.
“Ok, vamos manter isso em faixa etária apropriada.” Derek bufou. Virei- me na direção dele e ele apontou para meu estômago.
“Tem uma criança presente.”
“Ele não sabe a diferença.” Jacob resmungou.
“Ele?” Eu levantei uma sombrancelha.
Ele deu de ombros. “Força do pensamento.”
Derek pulou de pé. “Eu não reclamaria se fosse um menino! Eu poderia levá-lo para caçar, ensiná-lo a como caçar com um verdadeiro vampiro. Ele tem essa parte nele.”
Revirei meus olhos.
“Se é um menino ele aprenderá a caçar do meu jeito.” Jacob rosnou.
“Como ele poderia correr de 4 quando ele é claramente um vampiro?”
“Como você sabe?” Jacob exigiu.
“Porque ela tem mais vontade de sangue do que qualquer outra coisa.”
Balancei minha cabeça.
Derek me encarou. Eu podia sentir os olhos de todos em mim agora. “Eu tenho vontade dos dois. É bem dividido.”
“Bem, podemos cuidar disso.” Derek assentiu para si mesmo.
Meu estômago roncou e Jacob riu atrás de mim. Ele ouviu também.
“Alguém está com fome.”
“Foi toda essa conversa de comida.” Eu dei de ombros e abaixei minha cabeça, escondendo meu rosto vermelho atrás do meu cabelo.
“Não fique com vergonha por isso, querida. Você está comendo por dois. Você vai ficar ainda mais faminta.” Minha mãe pegou minha mão e me levou na direção do sofá. “O que você quer comer?”
Olhei para ela, mas mantive meu pedido entre nós duas. Talvez um sanduíche… e eu realmente amaria ir caçar.
Ela sorriu e tocou minha bocheca. “Volto já.,” ela pegou a mão do meu pai e ele a seguiu até a cozinha.
Ambos voltaram poucos minutos depois. Meu pai tinha um copo em sua mão, e minha mãe tinha um prato com um sanduíche e batatinhas. Fui pelo copo de sangue primeiro.
“Fico pensando…” meu pai começou enquanto me observava tomar. “Jacob, Carlisle.” Ele disse e eles o seguiram para fora.
“O que eu fiz?” Eu sussurrei.
Minha mãe balançou sua cabeça e se sentou ao meu lado. “Nada. Tem muitas coisas a serem pesquisadas sobre essa gravidez. Aqui pensávamos nós que você era única,” ela toco meu estômago e sorriu. “Parece que você é aquela carregando o bebê único. Híbridos vampiro-humano são conhecidos, mas um híbrido vampiro-humano-lobo… isso sim nunca foi feito antes.”
Não consegui evitar de sorrir. Ela estava certa.
Dei uma mordida em meu sanduíche e minha boca se encheu dágua. Ele era muito melhor do que pensei que seria.

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